Entretanto dívida pública está em subida acentuada
O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 17,25%.
Esta decisão, conforme o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, é sustentada pela prevalência de elevados riscos e incertezas adversos associados, sobretudo, à pressão na despesa pública, bem como ao prolongamento e intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, não obstante as perspectivas de manutenção da inflação em um dígito no médio prazo.
Mantêm-se as perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo.
Em Junho de 2023, a inflação anual reduziu para 6,8%, a traduzir, principalmente, a queda dos preços da classe de bens alimentares, favorecida pela época fresca, num contexto de estabilidade da taxa de câmbio. A inflação subjacente, que exclui as frutas e vegetais e bens administrados, também abrandou. A evolução da inflação no médio prazo reflecte, sobretudo, a estabilidade do Metical e o impacto das medidas que vêm sendo tomadas pelo CPMO.
Os riscos e incertezas adversos subjacentes às projecções de inflação mantêm-se elevados. A nível interno prevê-se a manutenção da pressão sobre a despesa pública e das incertezas em relação à evolução dos preços de bens administrados, com destaque para os combustíveis líquidos. Na envolvente externa, as incertezas quanto à magnitude dos impactos do prolongamento e intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia mantêm-se elevadas.
A dívida pública interna agravou-se
O endividamento público interno, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 308,4 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 33,3 mil milhões em relação a Dezembro de 2022.
O CPMO continuará a monitorar a evolução dos riscos e incertezas associados às projecções de inflação, e não hesitará em tomar as medidas correctivas necessárias.
A próxima reunião ordinária do CPMO está marcada para o dia 22 de Setembro de 2023. (PpP)