A Comissão Nacional de Eleições (CNE) excluiu das eleições gerais de Outubro a Coligação Aliança Democrática (CAD), que apoia a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane. A CNE diz que a candidatura não reúne os requisitos legais no entanto, Mondlane deixa claro que vai recorrer da decisão.
A CNE chumbou a candidatura às eleições gerais de Outubro da Coligação Aliança Democrática (CAD) porque diz que esta não reúne os requisitos legais mínimos para seguir na corrida.
“São rejeitadas as listas plurinominais fechadas de candidaturas da Coligação Aliança Democrática em decorrência de não reunir os requisitos legais estatuídos para a apresentação de candidaturas, o que resulta nulidade do processo da sua candidatura”, declarou Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, nesta Quinta-feira, em Maputo.
O Paulo Cuinica acrescentou ainda que a exclusão da candidatura é passível de recurso: “Se um dos concorrentes não se sentir satisfeito com as decisões que foram tomadas aqui, quer seja em relação às listas, seja esta questão em particular da CAD é passível de ser recorrida junto ao Conselho Constitucional.”
A CAD fica, assim, de fora da corrida eleitoral para a escolha de deputados e de governadores e de membros das assembleias provinciais. A coligação apoia a candidatura presidencial do político Venâncio Mondlane que já tinha sido aprovada a 24 de Junho pelo Conselho Constitucional.
Venâncio Mondlane avançou em comunicado de imprensa que a CAD vai recorrer da exclusão das eleições gerais. Além de candidato presidencial, Mondlane era também candidato às legislativas por Maputo, pela mesma coligação.
“Claro, claro que o vamos fazer, sem dúvida. Se há uma coisa que fizemos, ao longo das eleições [autárquicas, quando concorreu pela Renamo] do ano passado para cá foi fazer uso exaustivo de todas as possibilidades legais de demandarmos os nossos direitos. Foi o contributo democrático que demos e é o que vamos fazer”, afirmou Mondlane.
Seguem à corrida eleitoral 35 partidos políticos que são candidatos à Assembleia da República e 14 partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores às assembleias provinciais.