O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) recebeu, na ultima quinta-feira (19) de Junho, uma Missão de Avaliação Humanitária da União Africana, liderada pelo Embaixador do Quenia, George M. Orina, com o objectivo de reforçar a cooperação no âmbito da resposta humanitária, avaliar a capacidade institucional do país e identificar boas práticas de apoio às populações vulneráveis, particularmente nos centros de reassentamento.
O encontro, que teve lugar em Maputo, foi presidido por Sua Excelência Gabriel Belém Monteiro, que expressou a importância da parceria com a União Africana no fortalecimento da resposta nacional às crises humanitárias.
Na ocasião, o dirigente moçambicano partilhou os esforços que o Governo e os seus parceiros têm vindo a empreender para mitigar os impactos de desastres naturais, incluindo ciclones, cheias e deslocamentos forçados, que afectam milhares de moçambicanos todos os anos.
Belém Monteiro sublinhou ainda a necessidade de uma acção concertada para garantir intervenções mais eficazes, sustentáveis e centradas nas comunidades mais afectadas.
Durante a reunião, o Embaixador George M. Orina reafirmou o compromisso da União Africana em apoiar a assistência às populações em situação de vulnerabilidade.
O diplomata revelou que a Delegação realizará uma visita à província de Nampula nos próximos dias, com o propósito de avaliar, no terreno, as necessidades humanitárias mais urgentes, especialmente em termos de alimentação e abrigo para os deslocados.
Orina destacou também a relevância de fortalecer os mecanismos de coordenação entre os países africanos para enfrentar, de forma solidária, os desafios impostos pelas alterações climáticas e pela instabilidade social.
A visita da União Africana insere-se num contexto em que Moçambique tem enfrentado, de forma recorrente, fenómenos climáticos extremos e crises de deslocamento, agravando a situação humanitária em várias regiões do país.
O INGD tem desempenhado um papel central na gestão e redução dos riscos, com destaque para a construção de infra-estruturas resilientes, a formação de comunidades e a mobilização de recursos de emergência.
A articulação com instituições regionais e internacionais tem sido apontada como uma das estratégias chave para melhorar a resposta em situações de crise.
No final do encontro, ambas as partes manifestaram interesse em aprofundar a colaboração técnica e institucional, através de programas conjuntos, intercâmbio de experiências e reforço da capacidade local.
A missão da União Africana em Moçambique decorre até ao final da semana e deverá culminar com a elaboração de um relatório de recomendações para o reforço da cooperação humanitária no país.