ÚLTIMA HORA: Faleceu o General Timosse Maquinze, destacado veterano da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e antigo Chefe do Estado-Maior General do braço militar do movimento.
A informação foi confirmada por fontes próximas da família, que indicam que o óbito ocorreu no Malawi, país onde o antigo combatente se encontrava radicado nos últimos tempos.
Com profundas ligações à cidade da Beira, província de Sofala, o corpo do General Maquinze está já a ser trasladado para aquela urbe, onde se prevê a realização do velório e das cerimónias fúnebres.
A data exata do funeral deverá ser anunciada oficialmente nas próximas horas, mas fontes familiares confirmam que os preparativos já estão em curso, com a colaboração de autoridades locais e membros da RENAMO.
Militar de carreira e dirigente respeitado no seio da oposição moçambicana, Timosse Maquinze destacou-se durante o período da guerra civil como uma das vozes estratégicas e disciplinadas da RENAMO.
A sua atuação foi frequentemente associada à defesa de uma linha ideológica de firmeza e organização, mesmo em contextos adversos. No seio do partido, era tido como um homem de princípios, cuja conduta inspirava respeito e coesão interna.
A morte do General Maquinze representa, para muitos analistas políticos e antigos combatentes, o fim de uma era marcada por figuras que desempenharam um papel decisivo nos capítulos mais sensíveis da história recente de Moçambique. “Era um homem de resistência, mas também de paz. Sabia que o futuro do país passava pela reconciliação”, afirmou um antigo colega de armas que prefere o anonimato.
Após a assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992, Maquinze manteve-se ativo nas estruturas militares da RENAMO e, segundo algumas fontes internas, esteve envolvido em iniciativas informais de pacificação e mediação entre as alas mais radicais do partido.
Apesar do seu perfil reservado, era reconhecido pela sua influência e capacidade de unir diferentes gerações de combatentes.
A RENAMO ainda não divulgou uma nota oficial, mas membros séniores do partido manifestaram pesar pela perda, classificando-a como um momento de luto nacional. “O General Maquinze deixa um legado de coragem, determinação e compromisso com os ideais pelos quais lutou”, declarou um deputado da bancada parlamentar da RENAMO.
Analistas consideram que o desaparecimento físico de Timosse Maquinze poderá reabrir debates internos sobre a memória da luta armada e o papel dos veteranos na atual conjuntura política do país.
Por outro lado, o seu nome deverá ser evocado como símbolo de uma geração que viveu os extremos da guerra e da busca pela paz.
Nos círculos militares e políticos moçambicanos, a sua morte é vista como uma perda irreparável para a memória coletiva nacional.
Enquanto familiares e amigos preparam as cerimónias fúnebres na Beira, multiplicam-se as homenagens a uma figura que marcou, com firmeza e convicção, a trajetória do país rumo à estabilidade.
O General Timosse Maquinze parte aos olhos da Nação como combatente, pacificador e patriota.
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