Mais de 26 mil residências dos bairros das Mahotas, Hulene A e Hulene B serão pulverizadas até setembro, no âmbito da nova campanha de controlo da malária lançada pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo.
A informação foi avançada à ISOCNEWS pela vereadora de Saúde e Assuntos Sociais Alice de Abreu, que apela ao envolvimento ativo dos moradores.
A Cidade de Maputo iniciou nesta semana uma campanha intensiva de pulverização intra-domiciliária contra o mosquito transmissor da malária. A ação vai decorrer até 16 de setembro e abrangerá mais de 26 mil casas situadas nos bairros das Mahotas, Hulene A e Hulene B — zonas onde se registou o maior número de casos da doença nos últimos meses.
A vereadora de Saúde e Assuntos Sociais do Conselho Municipal, em entrevista à ISOCNEWS, explicou que a campanha começou a dias, e tem como objetivo cobrir todas as casas elegíveis nos três bairros críticos do distrito de Kamavota. Segundo a responsável, a medida responde ao aumento de casos e à necessidade de concluir a pulverização iniciada há cerca de um mês e meio.
“O nosso foco é garantir que todas as casas identificadas sejam pulverizadas. Só assim podemos proteger as famílias e reduzir os casos de malária”, afirmou.
Para além da pulverização, o Conselho Municipal está a aplicar larvicidas em pontos com água estagnada, como valas, buracos e terrenos baldios. Este produto destrói as larvas antes que se transformem em mosquitos adultos. Outra ação complementar é a colocação de bombas para sucção de água acumulada nos bairros de Kamubukwana e Kamavota.
A vereadora destacou ainda a importância da participação da população. “Pedimos aos munícipes que recebam os técnicos nas suas casas e permitam a pulverização. Também é essencial o uso de redes mosquiteiras e a eliminação de água parada”, disse.
Apesar de estarmos no Inverno, altura em que normalmente os casos de malária diminuem, as autoridades alertam que a situação nas zonas abrangidas ainda é preocupante. A avaliação do impacto destas ações será feita depois da conclusão da campanha.
Neste momento, decorre igualmente uma campanha de vacinação, com apoio dos comités de saúde locais e dos profissionais da saúde comunitária. As autoridades sublinham que o combate à malária depende do esforço conjunto entre o Estado e os cidadãos.
“O lixo deve ser colocado em locais adequados, as valetas não podem ser entupidas, e os quintais precisam estar limpos. Só assim poderemos vencer esta batalha”, concluiu a vereadora.
A campanha de pulverização é parte de uma estratégia mais ampla de prevenção da malária em Maputo, e o Conselho Municipal espera que, com o envolvimento de todos, se reduza de forma significativa o número de casos nos bairros afetados.