A Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) acolhe uma missão académica internacional composta por investigadores da Alemanha e da Colômbia, que, em conjunto com académicos moçambicanos, está a estudar a criação de um Instituto para a Paz em Moçambique.
Segundo o Professor Urânio Mahanjane, da UP-Maputo, o grupo está a identificar áreas relevantes para a paz e desenvolvimento no país. “É um estudo que vai ser feito em diferentes áreas que preocupam Moçambique: paz, água, boa educação, boa saúde”, disse o académico, referindo ainda a importância de temas como reconciliação, género e exploração de recursos sem conflitos.
O modelo a ser considerado inspira-se no Instituto de Paz já existente na Colômbia, desenvolvido em parceria com a Alemanha. “Vamos estudar se é possível instalar aqui um instituto de paz igual ao que existe na Colômbia”, afirmou Mahanjane.
Para a vice-reitora da UP-Maputo, Professora Leonilda Sanveca, o projecto representa uma oportunidade de debater de forma estruturada temas como o conflito armado, os recursos naturais, a exclusão social, a paz, a reconciliação e a equidade de género.
Durante os encontros, a delegação internacional reuniu-se com académicos da UP-Maputo, incluindo o vice-reitor académico, Professor José Castiano, e dirigentes de faculdades e gabinetes de cooperação. Foram discutidos temas como biodiversidade, mudanças climáticas, energias renováveis, ciência e tecnologia, bem como questões sociais, incluindo a dos ex-trabalhadores moçambicanos na Alemanha (Madgermanes).
A missão prevê ainda visitas a outras instituições de ensino, encontros com empresas e a realização de um painel sobre Diplomacia Científica, como forma de reforçar os laços de cooperação entre as três regiões envolvidas: África, América Latina e Europa.
Caso venha a ser criado, o Instituto de Paz poderá tornar-se uma referência no espaço académico moçambicano, promovendo investigação e diálogo sobre os principais desafios sociais, económicos e ambientais do país.