A Seleção Nacional sénior feminina de basquetebol começou da melhor forma a sua participação na 29.ª edição do Afrobasket, que decorre em Abidjan, Costa do Marfim, ao vencer a similar do Ruanda por expressivos 72-55.
O desafio, inserido na segunda jornada do Grupo D, decorreu neste sábado (26), e foi marcado pela superioridade das moçambicanas durante quase toda a partida. O triunfo garante à equipa nacional os primeiros dois pontos na competição.
Logo no primeiro período, o “cinco” moçambicano entrou forte e determinado, impondo o seu ritmo ofensivo. O parcial terminou com vantagem de 22-15, revelando um bom aproveitamento nas transições e uma defesa sólida.
No segundo quarto, as comandadas do técnico espanhol Julio César mantiveram o controlo do jogo e foram para o intervalo com um confortável resultado de 42-31, demonstrando eficácia nos lançamentos exteriores e maior capacidade de gestão da posse de bola.
A terceira etapa trouxe um Ruanda mais agressivo e determinado a reduzir a desvantagem. As ruandesas venceram este período por 16-13, aproveitando algumas falhas defensivas e perdas de bola da formação moçambicana.
Ainda assim, Moçambique conservou a vantagem acumulada e entrou para os últimos 10 minutos a liderar o marcador com 55-48, o que lhe permitiu encarar a reta final com mais serenidade e disciplina táctica.
No quarto e último período, a equipa nacional voltou a recuperar o ritmo e consolidou o resultado com boa circulação de bola e domínio nas tabelas. O resultado final de 72-55 espelhou a consistência e maturidade competitiva do grupo.
Com esta vitória, Moçambique soma agora dois pontos, os mesmos que a Nigéria, adversária que bateu o Ruanda na jornada inaugural por categóricos 92-45, num jogo de sentido único.
Assim, tudo ficará decidido esta terça-feira, a partir das 17 horas, quando moçambicanas e nigerianas se defrontarem num embate que determinará a liderança do Grupo D e o apuramento direto aos quartos-de-final da prova.
Quem vencer este confronto garante o primeiro lugar e segue diretamente para a fase seguinte. O derrotado, tal como o Ruanda, terá de disputar uma eliminatória de acesso aos “quartos” com os adversários do Grupo C.
O Grupo C é composto pelas seleções do Senegal, Uganda e Guiné-Conacri. Os segundos e terceiros classificados de cada grupo terão de se enfrentar para apurar os restantes quatro lugares nos quartos-de-final.
A tarefa que se avizinha para Moçambique é exigente, pois a Nigéria é uma das seleções mais cotadas do continente, com vários títulos africanos e atletas a atuar em ligas profissionais de topo.
No entanto, a exibição convincente diante do Ruanda serve de alento e mostra que o conjunto nacional está em condições de discutir o jogo com ambição e qualidade.
Julio César tem enfatizado a importância da coesão defensiva e da rotação das jogadoras para manter o ritmo competitivo elevado durante os 40 minutos.
O Afrobasket 2025, que reúne 12 seleções, decorre até o próximo dia 4 de agosto em Abidjan, e garante vaga direta no torneio de qualificação olímpica para os Jogos de Paris 2026.
Moçambique persegue a sua terceira presença numa meia-final africana nas últimas edições e acredita que, com foco e superação, poderá superar as expectativas.