O Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Mito Albino, realizou nesta segunda-feira, 4 de agosto de 2025, uma visita de trabalho às Direções Nacionais de Sanidade e Biossegurança (DINASAB) e de Pecuária (DINAP), com o objetivo de avaliar o desempenho técnico e propor medidas concretas para melhorar a sanidade vegetal, o controlo fitossanitário e a produção animal em Moçambique.
A visita teve início nas instalações da DINASAB, localizadas no Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), onde o governante passou por vários departamentos, incluindo o de Sementes e Sanidade Vegetal. Na ocasião, o ministro defendeu maior agilidade nos processos de validação de sementes e reforço no rigor científico dos testes laboratoriais, com o intuito de garantir qualidade e evitar entraves aos investimentos. “Nenhuma semente deve entrar no mercado sem passar por testes fiáveis e criteriosos”, sublinhou.
No sector de agroquímicos e quarentena vegetal, o ministro orientou o estabelecimento de mecanismos mais flexíveis, especialmente para facilitar a importação directa por empresas de grande porte, reduzindo a dependência de intermediários. Em relação à vigilância fitossanitária, propôs o reforço institucional da DINASAB, com a criação de delegações regionais e formação de pontos focais capacitados, além da mobilização de agentes de desenvolvimento agropecuário para dinamizar ações no terreno.
Durante a passagem pela DINAP, com sede no edifício central do Ministério, Roberto Albino foi enfático ao exigir mudanças estruturais no setor pecuário. Criticou a prática de redistribuição de animais entre regiões, apelando por investimentos na aquisição de raças melhoradas e sistemas de reprodução mais eficazes. “Os recursos públicos devem ser usados para gerar impacto real na produção animal, e não para transferências sem retorno produtivo”, frisou, destacando ainda a importância de promover o consumo de proteína animal no país.
Num encontro conjunto com técnicos das duas direcções, o ministro reiterou que a principal meta do setor é assegurar segurança alimentar para os moçambicanos. Para tal, defendeu uma actuação coordenada, com responsabilidades bem definidas e investimentos robustos em infraestruturas, laboratórios e melhoramento genético. Desafiou ainda os institutos a liderarem pesquisas voltadas ao desenvolvimento de raças adaptadas às condições climáticas das diferentes regiões do país.