Mais do que um investimento em betão e asfalto, o plano do Governo moçambicano para mobilizar 2,24 mil milhões de dólares até 2029 visa transformar a rede nacional de estradas e pontes numa espinha dorsal para o crescimento económico, a integração territorial e a melhoria das condições de vida da população.
A Primeira-Ministra, Benvinda Levi, defende que estradas modernas e bem conservadas podem encurtar distâncias, reduzir o custo do transporte de mercadorias e facilitar o acesso a serviços essenciais, como saúde e educação, sobretudo nas zonas rurais. “Cada quilómetro reabilitado ou construído é um passo para aproximar o país de si mesmo e abrir novas oportunidades para os cidadãos”, afirmou.
Durante a cerimónia de tomada de posse de Paulo Fumane como novo presidente do Conselho de Administração da Administração Nacional de Estradas (ANE), Levi destacou que a prioridade do Governo é criar ligações seguras e eficientes entre as principais zonas produtivas, portos, fronteiras e centros urbanos.
Além de reduzir desigualdades regionais, o investimento em infraestrutura rodoviária é visto como motor para dinamizar o comércio interno e externo. Com estradas de qualidade, produtores agrícolas podem escoar a sua produção mais rapidamente, empresas conseguem abastecer-se com maior previsibilidade e turistas encontram melhores condições para explorar o país.
O plano prevê, ainda, um modelo de execução que privilegia a manutenção preventiva, de forma a evitar que as estradas entrem rapidamente em degradação. Para tal, o Governo aposta em maior colaboração com o sector privado e em novas parcerias de financiamento, visando garantir que as obras sejam concluídas com qualidade e dentro dos prazos estabelecidos.
Com este pacote de investimentos, Moçambique não apenas melhora a sua mobilidade interna, mas também reforça a sua posição como corredor estratégico para a África Austral, ligando países sem litoral a portos marítimos e impulsionando o comércio regional.