A derrota frente à UD Songo deixou o treinador Akil Marcelino visivelmente irritado e levantou polémica em torno da arbitragem do jogo. No final da partida, o técnico não poupou críticas, apontando decisões que considera terem prejudicado a sua equipa.
Marcelino destacou um golo de penálti que considera injustificado e questionou a necessidade de contratações da equipa adversária. “A UD Songo tem tudo de melhor, não precisa contratar treinadores. Pode até pegar num roupeiro para treinar a equipa. Não precisa contratar treinadores e directores para isto”, afirmou, numa declaração carregada de ironia.
O técnico lembrou ainda que não é a primeira vez que se sente prejudicado, mencionando episódios anteriores em Lichinga. “Fui prejudicado em Lichinga e ainda fui prejudicado hoje. Estou a trabalhar honestamente. Foi uma arbitragem vergonhosa”, disse, reforçando a sensação de injustiça.
Akil Marcelino sublinhou a pressão que decisões destas criam sobre ele e sobre os jogadores. “Não brinquem com o meu trabalho e o trabalho dos meus jogadores. Assim não vou conseguir. A lutar contra os adversários, a lutar com os árbitros não vou conseguir”, lamentou, apontando para o desgaste emocional causado por estas situações.
O treinador deixou claro que a sua permanência no futebol está ligada à paixão pelo desporto, e que a repetição de episódios como este poderá colocar em risco a sua motivação. “Estou no futebol por paixão, por isso não brinquem com a minha paixão!”, frisou.
Face aos acontecimentos, Marcelino informou a direcção do clube sobre a sua frustração, alertando para possíveis consequências na sua continuidade. “Já avisei a minha direção que, se é assim, não irei conseguir”, acrescentou, deixando uma mensagem de alerta sobre o impacto da arbitragem na equipa.
O episódio reacende o debate sobre a imparcialidade da arbitragem no Campeonato Nacional de Futebol Masculino, com possíveis repercussões na credibilidade da competição e no clima de confiança entre treinadores, jogadores e árbitros.







