O antigo presidente do Malawi, Arthur Peter Mutharika, está projetado para regressar ao poder após garantir mais de 55% dos votos nas eleições gerais realizadas a 16 de setembro.
Segundo a contagem feita pelo Malawi24, Mutharika conquistou mais de 2,8 milhões de sufrágios num universo de cinco milhões de eleitores que participaram no escrutínio.
A confirmar-se oficialmente este resultado, Mutharika tornar-se-á no 7.º presidente do Malawi, regressando à liderança do país após cinco anos afastado do poder.
O antigo chefe de Estado beneficiou de uma base eleitoral sólida e de um discurso de regresso às raízes, apelando à estabilidade política e económica.
As eleições, segundo observadores locais, decorreram de forma amplamente pacífica, embora tenham sido registados desafios relacionados com a transmissão e confirmação dos resultados. Esses constrangimentos, segundo analistas, poderão atrasar o anúncio oficial por parte da Comissão Eleitoral, mas não colocam em causa a tendência geral que favorece Mutharika.
Durante a campanha, o candidato do Partido Democrático Progressista (DPP) prometeu revitalizar a economia, atrair investimento estrangeiro e melhorar os serviços públicos, áreas que considera terem sido negligenciadas pelo governo cessante.
O regresso de Mutharika, defendem os seus apoiantes, representa uma “segunda oportunidade” para consolidar projetos interrompidos em 2020.
Apesar da vantagem clara, os opositores já alertaram para a necessidade de maior transparência na validação final dos números. Alguns partidos contestam falhas técnicas no sistema de transmissão, mas a comunidade internacional destacou o ambiente ordeiro que caracterizou o dia de votação.
Se confirmado, o regresso de Mutharika marca também uma mudança significativa no tabuleiro político do Malawi, trazendo de volta uma figura experiente, mas igualmente polarizadora, cuja primeira presidência foi marcada por avanços em infraestrutura, mas também por críticas à sua governação.