A construção de estradas continua a ser um dos maiores desafios urbanos da Matola, onde o crescimento populacional pressiona diariamente a rede viária existente.
Na manhã desta sexta-feira, o município deu início a um dos projectos mais aguardados em Ndlavela: a edificação da estrada de 3,2 quilómetros que ligará a Zona Verde ao Cemitério Eugénio.
Orçada em 128 milhões de meticais, a obra será financiada com fundos próprios da edilidade e terá a duração de um ano, numa clara demonstração da aposta do município em soluções de mobilidade.
O Presidente do Conselho Municipal, Júlio Parruque, sublinhou que o empreendimento não é apenas mais uma via, mas um símbolo do cumprimento de compromissos assumidos perante os munícipes.
A aposta em obras de raiz, segundo o edil, responde ao anseio de muitos moradores que durante anos se queixaram das condições precárias de acesso naquela zona.
Mas a intervenção vai além da engenharia. Parruque exigiu do empreiteiro a priorização da contratação de mão-de-obra local, para que jovens da Matola encontrem na obra uma oportunidade de inserção no mercado laboral.
“Esta estrada deve servir não apenas para a circulação de veículos, mas também como uma fonte de rendimento e dignidade para as famílias que aqui vivem”, frisou o governante.
O apelo à qualidade e ao cumprimento de prazos foi igualmente central no discurso do edil, consciente de que obras mal executadas representam desperdício de recursos e frustração social.
O projecto prevê também a construção de um muro de vedação no Cemitério Eugénio, reforçando a dignidade do espaço e respondendo a preocupações antigas da comunidade.
Para os munícipes, a estrada representa esperança. Esperança de acesso rápido a escolas, mercados e serviços de saúde, mas também de valorização imobiliária e maior segurança.
Alguns moradores ouvidos no local manifestaram-se confiantes, afirmando que a via poderá reduzir custos de transporte e dinamizar pequenos negócios.
Especialistas em urbanismo sublinham que a Matola precisa de acelerar investimentos semelhantes, sob pena de o crescimento demográfico ultrapassar a capacidade de resposta da rede viária existente.
Neste sentido, a nova estrada é vista como um passo importante, mas que deve ser acompanhado por uma estratégia de manutenção preventiva e expansão contínua das infraestruturas.
O lançamento da primeira pedra não é apenas um acto protocolar. É, para muitos, a materialização de uma promessa eleitoral que durante anos parecia distante.
Com esta iniciativa, a edilidade pretende reafirmar a confiança junto dos munícipes, ao mesmo tempo que abre caminho para uma Matola mais organizada, inclusiva e preparada para os desafios do futuro.