A Presidente do Conselho de Administração da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Graça Machel, reuniu-se nesta segunda-feira com uma delegação do Comité Técnico do Diálogo Nacional Inclusivo (COTE), liderada pelo presidente Edson Macuácua, numa sessão destinada a discutir estratégias para tornar o processo mais abrangente e representativo.
Durante o encontro, Graça Machel destacou a importância de se dar voz a todos os segmentos da sociedade, com ênfase especial na inclusão das mulheres, de modo a garantir que as suas experiências e necessidades sejam refletidas nas decisões que moldam o futuro do país.
“É essencial que o Diálogo Nacional Inclusivo vá além dos partidos políticos e inclua cidadãos que vivem realidades diversas. As mulheres são parte central dessa transformação”, afirmou, sublinhando que a participação feminina deve ser estruturada e efetiva.
A dirigente reforçou ainda que o COTE deve atuar com imparcialidade e sentido de Estado, priorizando soluções para a coesão social e a redução das desigualdades, em vez de se limitar a agendas políticas de curto prazo.
“Vocês representam cidadãos moçambicanos acima de tudo e não partidos políticos”, reiterou Machel, incentivando o comité a focar-se nas questões que afetam diretamente as famílias e as comunidades, em especial no combate à pobreza e à marginalização social.
A Presidente da FDC destacou que o diálogo deve também abordar questões de identidade nacional e pertença, ajudando a consolidar um sentimento coletivo de pátria entre os moçambicanos. “É preciso criar um pensamento comum sobre o que significa ser parte deste país”, afirmou.
Durante a reunião, Graça Machel enfatizou que a Fundação está pronta para colaborar ativamente na auscultação das mulheres em diferentes sectores económicos, garantindo que a diversidade de perspectivas seja refletida nas recomendações do COTE.
O encontro abordou ainda a necessidade de incorporar temas relacionados com desenvolvimento económico local e participação comunitária, reforçando a ligação entre políticas sociais e estratégias de crescimento inclusivo.
Para Edson Macuácua, a reunião representou uma oportunidade de aprender com a experiência da FDC e de aprimorar os mecanismos de diálogo e participação, tornando o processo mais transparente e representativo.
O ambiente de partilha franco e construtivo permitiu que fossem debatidas formas concretas de operacionalizar a inclusão, assegurando que os grupos historicamente marginalizados, especialmente mulheres e jovens, tenham participação ativa no Diálogo Nacional Inclusivo.
A colaboração entre COTE e FDC aponta para um processo mais equilibrado e sustentável, com foco em unir a sociedade moçambicana em torno de soluções concretas para os desafios sociais, económicos e políticos do país, fortalecendo a democracia e a coesão nacional.
	    	
                                






