Especialistas de 128 países reúnem-se em Maputo, de 12 a 14 de Novembro, para discutir soluções que tornem as estradas moçambicanas mais resilientes às mudanças climáticas.
O seminário é coorganizado pela Administração Nacional de Estradas (ANE), Fundo de Estradas (FE), Associação Mundial de Estradas (PIARC) e Banco Mundial.
Na abertura oficial, o Ministro dos Transportes e Logística, João Jorge Matlombe, sublinhou que o evento permite a partilha de conhecimentos internacionais e a absorção de soluções práticas e economicamente viáveis para o sector rodoviário.
“Este é um espaço para partilhar conhecimento e absorver soluções que respondam aos desafios específicos das nossas estradas, sobretudo as rurais, essenciais para ligar zonas agrícolas produtivas aos mercados urbanos”, destacou.
Matlombe sublinhou que a adopção de soluções inovadoras e de baixo custo é fundamental para programas de desenvolvimento das zonas rurais, promovendo integração entre agricultura, indústria e turismo.
O seminário aborda temas estratégicos como políticas públicas para infraestruturas resilientes em África, adaptação das estradas às mudanças climáticas, avaliação de custos e benefícios, planeamento e gestão de activos, financiamento e estudos de caso de boas práticas internacionais.
O ministro reforçou que o encontro ocorre num momento crítico, com a reabilitação da Estrada Nacional Número Um (N1) em curso, exigindo soluções técnicas e financeiras que garantam durabilidade e eficiência.
Moçambique possui cerca de 31 mil quilómetros de estradas classificadas, mas apenas 27% são revestidos, situação que evidencia vulnerabilidade e a urgência de intervenções coordenadas, alertou Matlombe.
Segundo o governante, muitos países membros da PIARC enfrentam problemas semelhantes, com destaque para as estradas rurais, frequentemente afetadas por desastres naturais, o que reforça a necessidade de respostas rápidas e estruturadas.
O seminário visa ainda criar um espaço de debate orientado para soluções práticas, que possam ser implementadas a curto, médio e longo prazo, garantindo impacto real na vida das comunidades.
“Queremos identificar caminhos concretos para melhorar a qualidade de vida das nossas populações e acelerar o desenvolvimento regional”, afirmou o ministro, reforçando a ambição de integrar infraestrutura de transporte e progresso socioeconómico.
A iniciativa confirma o compromisso de Moçambique com a construção de uma rede rodoviária mais resiliente e eficiente, alinhada com padrões internacionais, capaz de sustentar o crescimento económico e a integração regional.







