O representante da Federação de Desenvolvimento Empresarial de Moçambique (FDEM), Lineu Candeeiro, afirmou nesta quinta-feira que a paralisação das actividades mineiras em Manica provocou impactos económicos e sociais consideráveis na província.
Candeeiro explicou que a suspensão das operações afetou diretamente empresas, Estado e comunidades, comprometendo empregos, rendimentos e receitas fiscais, além de criar incerteza sobre a sustentabilidade das actividades locais.
Segundo o dirigente, a poluição ambiental identificada nas zonas de mineração foi maior em empresas de mineração aluvionar, que operam junto a rios ou utilizam dragas, enquanto as empresas que exploram rocha dura registam impactos significativamente menores, estimados em apenas 2,6%.
Com base nestes dados, a federação defende o levantamento gradual da suspensão para as empresas de menor impacto ambiental, permitindo que retomem as operações de forma controlada e dentro das normas legais.
Candeeiro sublinhou que, nas próximas semanas, será feito um levantamento detalhado das empresas, identificando quais podem abrir gradualmente, de forma a conciliar a produção económica com a proteção ambiental e o bem-estar das comunidades locais.
O representante enfatizou a importância de assegurar que apenas empresas que cumpram os critérios ambientais e sociais possam retomar actividades, garantindo responsabilidade e transparência na reabertura do sector.
Entre as medidas propostas pela federação, está também a implementação de monitoramento ambiental contínuo, para que qualquer risco de poluição seja identificado e corrigido rapidamente, evitando danos maiores aos ecossistemas locais.
Candeeiro destacou ainda a necessidade de diálogo com as comunidades afectadas, garantindo que a mineração contribua para o desenvolvimento local e respeite as necessidades da população, incluindo acesso à água e preservação de recursos naturais.
A federação alerta que a paralisação prolongada poderia gerar desemprego e perda de rendimentos, afetando diretamente a economia da província, uma vez que muitas famílias dependem da mineração como fonte principal de sustento.
Por fim, Candeeiro reafirmou que o objetivo da FDEM é promover uma mineração sustentável e equilibrada, que combine crescimento económico com preservação ambiental e responsabilidade social, servindo de modelo para outras províncias de Moçambique.







