Moçambique deu um novo impulso às políticas ambientais ao emitir quatro licenças destinadas a projetos de redução de emissões por desmatamento, com foco especial na conservação de florestas de mangal.
A iniciativa integra-se nos esforços nacionais para proteger ecossistemas vulneráveis e, simultaneamente, criar novas oportunidades económicas sustentáveis.
As licenças agora atribuídas abrangem áreas costeiras onde os mangais desempenham um papel crucial na captura de carbono, na proteção das comunidades contra erosão e tempestades e na preservação da biodiversidade marinha.
Segundo fontes oficiais, os projetos incluem também ações de melhoria dos rendimentos das famílias locais, privilegiando modelos comunitários de gestão florestal.
As autoridades destacam que o país está igualmente a avançar com a criação de um quadro regulatório específico para o mercado de carbono.
Este mecanismo permitirá que Moçambique exporte créditos de carbono de forma transparente e alinhada com padrões internacionais.
De acordo com responsáveis do Governo, a regulamentação pretende garantir confiança aos investidores e assegurar que os benefícios ambientais e sociais sejam repartidos de forma justa pelas comunidades envolvidas.
Além disso, o país quer posicionar-se como um fornecedor competitivo de créditos num mercado global em expansão.
Empresas e parceiros do setor privado manifestaram apoio às medidas, sublinhando que um sistema regulado abre portas a investimentos mais robustos em conservação e restauração florestal.
Para estes agentes, Moçambique reúne condições naturais privilegiadas para se destacar na economia verde.
Analistas ambientais afirmam que o desenvolvimento do mercado de carbono poderá reforçar o papel do país no combate às alterações climáticas, ao mesmo tempo que cria uma nova fonte de receitas sustentáveis.
O potencial é significativo, especialmente em regiões costeiras onde os mangais têm alta capacidade de sequestro de carbono.
Com estes passos, Moçambique procura consolidar-se como um actor relevante nas soluções climáticas baseadas na natureza, equilibrando proteção ambiental, inclusão comunitária e dinamização económica num contexto global que exige maior ambição climática.







