A assinatura de um novo memorando de entendimento entre a Associação Industrial de Moçambique (AIMO) e a Câmara de Comércio e Indústria Moçambique–Vietname (CCIMV) representa mais do que uma aproximação diplomática que surge como uma tentativa clara de enfrentar alguns dos principais desafios que têm limitado o crescimento da indústria nacional.
O acto, protagonizado por Paulo Chibanga e Arlindo Duarte, e testemunhado pela Embaixadora vietnamita, Tran Thi Thu Thin, assinala a intenção de criar mecanismos práticos para acelerar a modernização industrial.
Numa conjuntura em que a competitividade continua condicionada por limitações tecnológicas, custos elevados e baixa produtividade, a parceria com o Vietname ganha particular relevância.
O novo entendimento aposta na troca de conhecimento técnico e empresarial como forma de apoiar as indústrias moçambicanas a adoptarem processos mais eficientes.
Esta abordagem pretende reduzir a dependência de importações, aumentar a capacidade local de produção e estimular sectores emergentes com potencial de crescimento.
Ao mesmo tempo, o acordo procura abrir portas para investimentos mais diversificados, com foco em áreas onde o Vietname acumulou experiência nas últimas décadas, como manufactura leve, agro-indústria e tecnologias de processamento.
A colaboração poderá trazer modelos que se têm revelado decisivos no desenvolvimento industrial vietnamita.
A aproximação entre os sectores privados dos dois países passa também pela criação de plataformas que incentivem parcerias directas entre empresas.
Trata-se de um movimento que pode impulsionar iniciativas conjuntas, facilitar o acesso a mercados externos e promover cadeias de valor mais robustas.
Para a AIMO, o memorando enquadra-se num esforço mais amplo de reposicionar a indústria moçambicana no contexto regional.
A instituição reforça que continuará a trabalhar na identificação de parceiros estratégicos que contribuam para transformar o ambiente de negócios e criar condições para uma indústria mais resiliente, inovadora e capaz de acompanhar as exigências do mercado global.







