Os professores moçambicanos, representados pelo presidente da Associação Nacional dos Professores (ANAPRO), Isaque Marrengule, informam que decidiram assegurar o processo de vigilância e supervisão dos exames finais que decorrem, em todo o país, desde a última Quinta-feira 20 de Novembro, depois de terem colocado nas mãos do Presidente da República, Daniel Chapo, a responsabilidade pela resolução do impasse que condicionava o controlo dos exames do ensino secundário que arrancaram esta Segunda-feira.
Segundo Isaque Marrengule referiu apesar de o processo estar a decorrer “aparentemente bem”, o clima entre a classe continua tenso entre os professores e o governo que teima em não liquidar a dívida de anos.
“A verdade é que estamos sentados em cima de um barril de pólvora. A estratégia do Governo [dividir para reinar] parece estar a surtir efeitos, mas nada impede que a qualquer momento a situação exploda”, afirmou Isaque Marrengule, na mesma publicação.
A 31 de Outubro, a ANAPRO enviou uma carta ao gabinete do Daniel, solicitando uma intervenção directa do chefe de Estado para o pagamento de horas extras. Contudo, a Presidência recusou intervir, informando que as preocupações da associação tinham sido encaminhadas “aos organismos competentes”.
A resposta não convenceu os professores, que insistem que apenas uma intervenção pessoal de Daniel Chapo poderá desbloquear a situação. A ANAPRO afirma ter esgotado todas as vias de diálogo, sem obter soluções concretas para as reivindicações apresentadas.







