O Governo e o Banco Mundial estão a realizar, em Maputo, uma missão conjunta que decorre de 24 a 28 de Novembro, dedicada à avaliação da implementação do Projecto Água Segura para Vilas e Zonas Rurais.
A iniciativa, actualmente operacional nas províncias de Nampula e Zambézia, tem como foco principal a melhoria do abastecimento de água e das condições de saneamento nas comunidades.
Durante os primeiros dias de trabalho, as equipas técnicas destacaram o progresso assinalável das obras, nomeadamente a construção de Sistemas de Abastecimento de Água e a instalação de fontes equipadas com bombas manuais.
Os avanços, segundo as entidades envolvidas, revelam um ritmo consistente e alinhado com os objectivos estabelecidos.
Na sessão de abertura realizada esta segunda-feira, o Director Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento, Agostinho Vilanculos, encorajou as equipas a manterem o esforço e a dedicação que têm pautado o desempenho do projecto. O responsável elogiou o comprometimento técnico demonstrado até ao momento.
Vilanculos aproveitou, entretanto, para alertar os empreiteiros sobre a necessidade de cumprir estritamente os planos de contingência elaborados para responder à época chuvosa que já se faz sentir em várias regiões do país. O apelo visa garantir que as obras decorrem de forma segura e sem interrupções significativas.
O Director Nacional destacou ainda a importância de reforçar a articulação com a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, sublinhando que uma cooperação mais estreita permitirá optimizar a utilização e a gestão integrada da água, um recurso crítico e cada vez mais pressionado.
A presença do Banco Mundial nesta missão reforça a importância estratégica do projecto para o desenvolvimento rural e para a expansão de infra-estruturas de água potável. Na semana anterior, a instituição financeira havia realizado uma visita de monitoria às obras em Nampula.
Agora, em Maputo, os representantes do Banco Mundial acompanham apresentações detalhadas sobre o estado das intervenções, conduzidas pela Direcção Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento e pela Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento. As sessões têm permitido analisar avanços e desafios.
O encontro de abertura contou também com a participação de representantes da Autoridade Reguladora de Água e Saneamento, entidade responsável por assegurar o cumprimento dos padrões de qualidade e regulação do sector a nível nacional.
Participaram igualmente técnicos das Direcções Provinciais de Obras Públicas de Nampula e Zambézia, províncias onde o projecto está a ser executado e onde se verificam melhorias graduais no acesso das populações à água potável.
Estiveram presentes ainda Directores Distritais de Planeamento e Infra-estruturas dos distritos de Ile e Mulevala, ambos na província da Zambézia, que se destacaram pelo cumprimento integral das metas estabelecidas: 25 fontes construídas em Ile e 20 fontes em Mulevala.
O cumprimento destas metas foi apresentado como exemplo de boa execução local, demonstrando que o projecto, além de robusto no desenho central, está a produzir resultados concretos ao nível comunitário, onde as carências são mais evidentes.
O Projecto Água Segura para Vilas e Zonas Rurais constitui uma das iniciativas estruturantes do Governo para expandir o acesso a serviços básicos, particularmente em zonas rurais onde persistem déficits históricos de infra-estruturas de água e saneamento.
Financiado pelo Banco Mundial, o projecto mantém uma abordagem integrada que envolve planificação, execução de obras, reforço institucional e monitoria contínua, garantindo que os investimentos respondam às necessidades reais das populações.
A implementação, a nível central, é assegurada pela Direcção Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento e pela Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento, estruturas responsáveis pela coordenação técnica e pelo acompanhamento dos empreiteiros.
A nível provincial, as Direcções Provinciais de Obras Públicas de Nampula e Zambézia asseguram o apoio directo às actividades operacionais, garantindo que as intervenções sejam executadas de forma alinhada com os padrões técnicos definidos e com as prioridades locais.
A missão conjunta deverá culminar com recomendações estratégicas para o reforço da execução no terreno, consolidando assim os compromissos do Governo e do Banco Mundial na expansão sustentável do acesso à água segura em Moçambique.







