Os funcionários do Conselho Municipal da Cidade de Maputo suspenderam esta quarta feira as suas actividades e concentraram se em frente ao edifício da edilidade para exigir o pagamento imediato dos retroactivos da Tabela Salarial Única, valores que afirmam estar em atraso desde 2022.
Mais de cinquenta trabalhadores participaram na paralisação, fazendo soar apitos e vuvuzelas, num ambiente marcado por cânticos que pediam urgência na resolução do problema salarial que consideram já insustentável.
Os funcionários asseguram que não irão retomar as actividades enquanto o município não proceder ao depósito dos valores em causa, afirmando que a situação atingiu um ponto crítico e que não há mais espaço para promessas sem prazos concretos.
Os trabalhadores afirmam ter recorrido a diversos canais para obter esclarecimentos sobre o processo de pagamento dos retroactivos, mas alegam que sucessivos compromissos não foram cumpridos pelo executivo municipal, o que alimentou a frustração que desembocou na paralisação desta semana.
Segundo explicam, pretendem que o Conselho Municipal apresente um calendário claro e definitivo sobre quando os montantes serão pagos, considerando que as dificuldades enfrentadas pelos funcionários agravam se com o prolongamento da dívida salarial.
A manifestação chamou a atenção de munícipes e transeuntes, tornando evidente a tensão interna numa fase em que a governação local enfrenta maior escrutínio sobre a gestão administrativa e financeira.
A equipa de reportagem tentou, sem sucesso, obter um posicionamento oficial da edilidade sobre a greve e sobre as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores, não havendo até ao fecho desta edição qualquer esclarecimento público do município.







