Mais um crime violento abala o país, e mais uma vez, não se conhece o paradeiro dos assassinos. Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) e outro do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) foram mortos a tiros na manhã desta terça-feira na zona de Manduca, no município da Matola, Província de Maputo.
De acordo com o porta-voz da PRM, Cláudio Ngulele, os dois agentes, afetos à 7ª esquadra da cidade de Maputo, foram brutalmente executados com 54 tiros disparados à queima-roupa. Uma idosa de 78 anos, atingida no mesmo ataque, encontra-se hospitalizada.
Apesar da gravidade do crime, da violência empregada e da visibilidade do caso, os autores continuam desconhecidos — o que, infelizmente, tem se tornado uma constante. A cada novo assassinato de agentes da lei, repete-se o mesmo padrão: silêncio, ausência de prisões e nenhuma explicação convincente à sociedade.
Questionado sobre a possível relação com o recente homicídio de um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) no bairro Nkobe, também na Matola, Ngulele descartou qualquer ligação, afirmando apenas que “as investigações prosseguem”.
Mas a verdade é que em Moçambique, investigações como essas quase nunca têm desfecho. Os assassinos desaparecem sem deixar rasto, os casos caem no esquecimento e a população continua sem respostas.