O Parque Nacional de Maputo foi oficialmente declarado Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), durante a 47.ª reunião do Comité do Património Mundial, realizada em Paris, França. A decisão representa um marco histórico para Moçambique, ao reconhecer o valor universal excepcional deste ecossistema costeiro único.
A classificação resulta de uma candidatura submetida pelo Governo de Moçambique, com o apoio de parceiros internacionais, e assinala uma conquista significativa no esforço nacional de protecção ambiental, valorização da biodiversidade e promoção do turismo sustentável. Trata-se do segundo parque nacional moçambicano a alcançar tal distinção.
O Parque Nacional de Maputo cobre uma área de mais de 1.700 quilómetros quadrados e integra uma rica diversidade de habitats, que vão desde zonas húmidas e savanas, até florestas tropicais e lagunas costeiras. A sua fauna inclui espécies ameaçadas, como o elefante africano, o leão, o dugongo e diversas espécies endémicas de aves e répteis.
A decisão da UNESCO reconhece não só a importância ecológica da região, mas também o envolvimento das comunidades locais nos esforços de conservação. O modelo de gestão participativa implementado nos últimos anos tem contribuído para o equilíbrio entre protecção ambiental e desenvolvimento económico das populações residentes.
“Este é um momento de grande orgulho para Moçambique”, afirmou Gustavo Dgedge, Secretário de Estado da Terra e Ambiente. “O reconhecimento da UNESCO é um testemunho da dedicação do nosso governo, das comunidades locais e dos parceiros na restauração e preservação desta paisagem de importância global.”
A classificação como Património Mundial implica novas obrigações em termos de conservação, planeamento e monitorização ambiental. O estatuto confere ao parque maior visibilidade internacional, facilitando o acesso a financiamentos e incentivos técnicos para a continuidade das acções de protecção da sua biodiversidade.
As autoridades moçambicanas consideram que esta distinção representa uma oportunidade para consolidar o ecoturismo como um sector estratégico para o desenvolvimento sustentável, sobretudo na zona sul do país. Espera-se que o número de visitantes aumente nos próximos anos, com impactos positivos na geração de emprego e nas economias locais.
O Governo reiterou o compromisso de garantir a preservação dos valores naturais e culturais do Parque Nacional de Maputo, sublinhando que esta classificação deve ser encarada como uma responsabilidade colectiva e um legado para as futuras gerações.







