O Presidente do Conselho Municipal da Matola, Júlio Parruque, condenou esta segunda-feira (28) de julho, as práticas abusivas registadas no transporte público semi-colectivo, durante uma visita de fiscalização ao Terminal do Bairro T3.
A visita teve como objectivo ouvir as preocupações dos utentes e responsabilizar os operadores que violam normas básicas de conduta.
Durante o contacto directo com passageiros e transportadores, Parruque tomou conhecimento de diversas irregularidades, incluindo a dupla cobrança de tarifas, alterações arbitrárias de rotas, tratamento desrespeitoso aos utentes e falta de profissionalismo por parte de alguns motoristas e cobradores.
Visivelmente sensibilizado pelos relatos, o edil prometeu acções imediatas e estruturantes para corrigir os desvios identificados e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população. “Não vamos tolerar desrespeito aos munícipes. O transporte deve ser digno, seguro e legal”, afirmou.
Parruque reforçou que a governação municipal está empenhada em garantir um serviço de transporte público que responda às reais necessidades da população, destacando que o respeito pelo cidadão deve ser o princípio orientador de toda actividade comercial e pública na cidade.
O autarca da Matola aproveitou a ocasião para desafiar os operadores a abandonarem comportamentos negligentes, propondo uma relação mais ética, colaborativa e centrada no bem-estar dos utentes. “Os passageiros não são mercadoria. São pessoas com direitos e merecem consideração”, advertiu.
A acção integra o programa municipal de fiscalização de terminais e diálogo com os munícipes, uma iniciativa inserida no esforço de reforço da boa governação, transparência e prestação de serviços com responsabilidade social.
Os passageiros, por sua vez, manifestaram satisfação pela presença do edil e esperam que os compromissos anunciados não se limitem ao discurso. Muitos relataram situações de abuso quotidiano e sugeriram um controlo mais rigoroso das viaturas e operadores.
Já os representantes dos transportadores reconheceram a existência de práticas reprováveis por parte de alguns colegas, mas pediram que as medidas correctivas não sejam generalizadas, defendendo acções de formação e fiscalização contínua como alternativas viáveis.
O Município da Matola tem vindo a implementar um plano de reestruturação do transporte urbano, que prevê a requalificação de infra-estruturas, reforço da fiscalização e diálogo permanente com os diferentes actores do sector.
Com este tipo de acções, Parruque pretende consolidar uma cultura de responsabilização e respeito mútuo no sector dos transportes, considerado essencial para a mobilidade e qualidade de vida dos cidadãos.