O Ministério da Saúde confirmou neste fim-de-semana a entrada oficial da doença Mpox (varíola dos macacos) na zona sul de Moçambique, com o primeiro caso laboratorialmente positivo registado na Província de Maputo, de acordo com o Boletim Diário da Mpox n.º 21, publicado a 2 de Agosto de 2025.
Nas últimas 24 horas, foram reportados 20 novos casos suspeitos da doença, sendo 17 na província do Niassa, 2 em Manica e 1 na Província de Maputo. Desses, 6 casos foram confirmados como positivos, dos quais 5 no Niassa e 1 na Província de Maputo, marcando a expansão da doença para a região sul do país pela primeira vez desde o início do surto.
Com estes novos dados, o total cumulativo de casos positivos desde 11 de Julho atinge 23, de um universo de 134 testados. Destes, 21 casos continuam activos, 2 estão recuperados e nenhum óbito foi registado até ao momento, mantendo-se a taxa de letalidade geral em 0%.
A província do Niassa continua a ser o epicentro do surto, com 22 dos 23 casos confirmados e uma rede activa de vigilância que cobre diversos distritos. O novo caso na Província de Maputo levanta preocupações quanto à disseminação para zonas densamente povoadas e urbanizadas do sul do país.
Ao todo, 78 contactos foram rastreados e 57 continuam sob acompanhamento sanitário. O Ministério da Saúde reitera que, até à data, não houve registo de óbitos nem de transmissão comunitária sustentada.
O boletim reforça ainda as medidas de prevenção da doença: evitar contacto físico com pessoas infectadas ou suspeitas, lavar as mãos frequentemente com água e sabão, e não partilhar roupas ou utensílios pessoais. Em caso de aparecimento de borbulhas semelhantes às da varicela, as autoridades recomendam que o cidadão procure imediatamente uma Unidade Sanitária.
A entrada da Mpox no sul de Moçambique alerta as autoridades para a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, bem como intensificar a informação pública sobre os sintomas, modos de transmissão e importância do isolamento precoce dos casos.
O Ministério da Saúde promete continuar a divulgar os dados diariamente, como forma de garantir transparência e manter a população informada sobre a evolução da doença no território nacional.