O presidente do Conselho de Administração da CFM, Agostinho Langa Júnior, afirmou que o investimento no corredor ferroviário Maputo–Ressano Garcia permitirá aumentar a capacidade de transporte anual de 14,9 para 44,6 milhões de toneladas, após a conclusão da segunda fase do projeto.
O empreendimento resulta de uma parceria entre Moçambique, França e União Europeia, que mobiliza dois empréstimos não soberanos da Agence Française de Développement (AFD), no valor de 133 milhões de dólares, e uma subvenção de 30 milhões de euros da UE.
A iniciativa contempla a duplicação da linha e a instalação de um sistema moderno de sinalização, medidas que, segundo Langa Júnior, vão reduzir acidentes, melhorar a eficiência operacional e reforçar a competitividade logística do país.
O projeto integra o Plano Estratégico da CFM, que prioriza a modernização da infraestrutura ferroviária, a aquisição de novo material circulante e a melhoria da mobilidade urbana.
Com a migração de parte do transporte rodoviário para o ferroviário, estima-se uma redução anual de 30 mil toneladas de emissões de gases com efeito de estufa, contribuindo para metas ambientais e para um transporte mais sustentável.
O embaixador de França, Yann Pradeau, destacou que o apoio ao corredor ferroviário reflete o compromisso do seu país com a integração regional e com o desenvolvimento sustentável de Moçambique.
Já Paula Vazquez-Horyaans, chefe de cooperação da Delegação da União Europeia, sublinhou que o projeto está alinhado com a estratégia Global Gateway, que incentiva corredores de transporte inteligentes, limpos e seguros.
O início das obras está previsto para 2026, com conclusão da primeira fase em 2028. Especialistas acreditam que a modernização vai transformar o corredor Maputo–Ressano Garcia num eixo estratégico para o comércio da África Austral.