O Grupo Desportivo e Recreativo Textáfrica (GDRT), um dos clubes históricos do futebol moçambicano, atravessa uma crise financeira sem precedentes que coloca em risco a sua participação na presente época desportiva. O alerta foi lançado pelo Presidente da Direcção Executiva, Sérgio Pereira, durante uma conferência de imprensa realizada nesta segunda-feira, em Chimoio.
Segundo o dirigente, o clube necessita de cerca de 4,2 milhões de Meticais para garantir as despesas até ao final da temporada, valor considerado essencial para cobrir custos operacionais, logísticos e salariais.
Pereira explicou que a actual situação resulta da redução das fontes de financiamento e do fraco engajamento de parceiros, o que tem dificultado a estabilidade da equipa sénior de futebol e de outras modalidades praticadas no clube.
O histórico emblema de Manica, conhecido como “Fabris”, tem sido um dos principais representantes da região centro no futebol moçambicano, carregando consigo um legado de várias gerações. No entanto, a actual crise ameaça manchar este percurso e deixar em suspenso o seu futuro competitivo.
O dirigente apelou ao envolvimento de empresários locais, autoridades governamentais e da sociedade civil para resgatar o clube e garantir que este continue a ser uma referência desportiva e social em Manica e no país.
“A situação é crítica e precisamos de um esforço conjunto para evitar que o Textáfrica interrompa a sua participação no campeonato. Este clube é património da província e merece ser preservado”, sublinhou Sérgio Pereira.
Apesar das dificuldades, a direcção afirma manter a esperança de mobilizar os fundos necessários nos próximos dias, de forma a assegurar que os jogadores e equipa técnica mantenham o foco competitivo.
A possível desistência do Textáfrica teria impacto negativo não apenas para os adeptos, mas também para o próprio campeonato nacional, que perderia um dos seus históricos protagonistas.
O apelo à solidariedade surge num momento em que o clube procura reinventar-se e reencontrar a estabilidade, mas a falta de recursos ameaça travar esse processo.
Enquanto não surge uma solução concreta, a incerteza paira sobre o futuro dos “Fabris”, deixando os adeptos em suspenso e a questionar até quando o clube resistirá à grave crise financeira que enfrenta.