O Presidente da República, Daniel Chapo, afirmou esta terça-feira, em Nova Iorque, que o Fórum de Energia em África coloca Moçambique numa posição estratégica e como um país que procura afirmar-se no processo de transformação energética e de desenvolvimento socioeconómico do continente.
O Chefe de Estado falava durante a abertura do evento, organizado pelo Atlantic Council, que reúne líderes e especialistas de todo o mundo para debater os desafios e oportunidades do setor energético africano.
Chapo sublinhou que Moçambique dispõe de recursos naturais e de projetos estruturantes que o tornam um ator incontornável na agenda energética regional e global.
Entre os empreendimentos em destaque, o Presidente referiu a Central de Temane, a futura hidroelétrica de Mpanda Nkuwa e o processo de modernização da Hidroelétrica de Cahora Bassa, que, em conjunto, reforçam a segurança energética do país e da região.
O estadista apontou ainda o investimento em energias renováveis como um elemento central da estratégia, afirmando que a diversificação da matriz energética é fundamental para garantir sustentabilidade e resiliência face às alterações climáticas.
Segundo Chapo, a energia deve ser entendida não apenas como um setor económico, mas como “uma ponte para a industrialização de Moçambique, para a criação de empregos dignos e para a redução da pobreza”.
O governante frisou também que o setor energético pode ser uma via de emancipação social, permitindo que jovens e mulheres acedam a novas oportunidades de capacitação, inclusão e empreendedorismo.
Apesar das potencialidades, Chapo alertou para os desafios que o país enfrenta, destacando a necessidade de financiamento justo e de condições adequadas para viabilizar projetos de transição energética.
Defendeu, igualmente, a criação de mecanismos eficazes para assegurar que os benefícios gerados pela energia cheguem às comunidades locais, promovendo inclusão e desenvolvimento sustentável.
O Presidente aproveitou a ocasião para apelar à solidariedade internacional, sublinhando que Moçambique não pode trilhar sozinho o caminho da transição energética.
Para Chapo, o apoio de parceiros estratégicos e de investimentos responsáveis é determinante para sustentar o crescimento económico sem comprometer a preservação ambiental.
“Moçambique reafirma a sua disponibilidade para trabalhar com todos os parceiros, na convicção de que o futuro energético do continente será construído com base em cooperação e responsabilidade partilhada”, disse.
O Chefe de Estado destacou ainda o simbolismo da energia como fator de emancipação, afirmando que “depois da independência política conquistada em 1975, Moçambique busca agora a sua independência económica”.
“O setor energético é a chave que pode garantir paz, progresso e dignidade para todos os moçambicanos”, concluiu Daniel Chapo, recebendo aplausos dos participantes do fórum.