O líder da oposição e antigo primeiro-ministro do Quénia, Raila Odinga, faleceu nesta terça-feira 15 de Outubro, aos 80 anos, no sul da Índia. Segundo as autoridades locais, o político queniano perdeu os sentidos enquanto caminhava e acabou por não resistir.
O responsável da polícia do distrito de Ernakumam, no estado de Kerala, Krishnan M., confirmou a morte de Odinga em declarações à Agência France Presse.
“Caminhava com a irmã, a filha e o médico quando desmaiou. Foi levado para um hospital, onde acabou por ser declarado morto”, explicou o responsável policial.
De acordo com o jornal indiano Mathrubhumi, Raila Odinga encontrava-se em tratamento médico na cidade de Cochim, no sul do país, e terá sofrido uma paragem cardíaca súbita. As equipas médicas que o assistiram confirmaram o óbito após tentativas de reanimação.
Raila Odinga foi primeiro-ministro do Quénia entre 2008 e 2013, período em que desempenhou um papel central na estabilização política do país após a crise pós-eleitoral de 2007. Figura histórica da política queniana, foi também um dos opositores mais persistentes dos sucessivos governos desde a independência do país.
Conhecido pela sua retórica firme e pela luta em defesa da democracia e da transparência eleitoral, Odinga concorreu por várias vezes à presidência do Quénia, sendo considerado uma das figuras mais influentes da história contemporânea do país.
As autoridades quenianas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a morte do antigo governante, mas são esperadas mensagens de condolências e homenagens nos próximos dias.n