O assassinato da comandante distrital de Marracuene, ocorrido ontem, reacende preocupações sobre a segurança interna e a disciplina na Polícia da República de Moçambique (PRM).
A corporação prometeu investigar o caso com rigor, enquanto analisa a possível ligação com outros homicídios de agentes registados recentemente.
O anúncio foi feito pelo vice-comandante-geral da PRM, Aquilasse Manda, durante a apresentação da nova comandante provincial da corporação em Sofala, na Beira. Manda indicou que as autoridades estão a desenvolver acções para esclarecer se os crimes têm origem interna ou externa à PRM, destacando a necessidade de identificar rapidamente os autores.
Segundo o vice-comandante, os homicídios de agentes da polícia revelam desafios de integridade e disciplina interna, que exigem atenção especial da corporação. “É fundamental que nenhum membro use armas ou recursos da PRM para fins ilícitos”, advertiu.
A situação também evidencia a vulnerabilidade de oficiais destacados em distritos com elevados índices de criminalidade, como Marracuene, e reforça a necessidade de mecanismos mais robustos de proteção e supervisão dentro da instituição.
Além de garantir a responsabilização dos autores, a PRM pretende recuperar a confiança da população e dos próprios agentes, promovendo denúncias de comportamentos ilícitos e fortalecendo a transparência nas investigações.
O vice-comandante salientou que a corporação está a analisar padrões nos homicídios recentes para compreender se há rede de criminalidade interna ou externa afetando agentes da polícia. Esta análise será crucial para prevenir novos incidentes e proteger os oficiais em serviço.
O episódio também destaca a importância de treinamento contínuo, fiscalização rigorosa e mecanismos de controle internos, de modo a assegurar que os recursos da polícia não sejam desviados para práticas criminosas.
Para a comunidade de Marracuene, o crime reforça a necessidade de cooperação entre cidadãos e polícia, incluindo denúncias de comportamentos suspeitos, para que os responsáveis sejam rapidamente identificados.
As autoridades afirmam que todos os recursos disponíveis da PRM estão mobilizados para capturar os autores e esclarecer integralmente o caso, reiterando que nenhum delito cometido por agentes da corporação será tolerado.
Enquanto isso, o sector de segurança enfrenta o desafio de equilibrar proteção aos oficiais e rigor na disciplina interna, numa altura em que episódios de violência contra membros da polícia colocam à prova a capacidade da instituição de manter ordem e confiança pública.







