Moçambique perde mais de 70 milhões de dólares (4,4 mil milhões de meticais no câmbio do dia), todos os anos, devido à prática de pesca ilegal, informou, hoje, o Director de Fiscalização da Divisão Marítima, no Instituto Nacional do Mar, César Maphossa.
“Os estudos mostram que Moçambique perde entre 60 e 70 milhões de dólares, por ano, resultantes do não licenciamento das embarcações que deviam entrar em Porto para ter a licença de pesca, mas as perdas vão além dos 70 milhões, porque uma embarcação que dá entrada ao Porto contribui para a economia nacional… as perdas são incalculáveis” disse.
Em entrevista, revelou haver focos de actividade pesqueira ilegal em zonas de protecção especial, através de artes nocivas. Para estancar a prática, equipas e brigadas integradas, das autoridades marítimas e as comunidades, têm realizado campanhas de boas práticas legislada para assegurar a sustentabilidade na indústria pesqueira.
“Já iniciamos com um movimento de sensibilização às comunidades em campanha de fiscalização marítima que foram desenvolvidas nas águas interiores da província do Niassa onde há recursos de maior valor comercial; na zona de Angoche, na costa do distrito de Nampula; recentemente, terminou uma campanha na costa da província da Zambézia, e essas campanhas vão decorrendo ao longo de toda a costa, do Rovuma ao Maputo, para garantir a disseminação da legislação que versa sobre a preservação dos recursos pesqueiros, segurança marítima de pessoas e bens, poluição e sobre a gestão dos espaços marítimos” disse, notando tratar-se de actividades que antecedem o período de defeso e veda da pesca 2025/26 em curso.







