Na Matola, três jovens criaram um esquema que acabou por lhes sair caro depois de tentarem encobrir uma dívida com um sequestro falso.
Tudo começou quando um deles perdeu 32 mil meticais em jogos eletrónicos, parte dos 40 mil meticais que havia pedido emprestado à sogra, alegando que iria investir num negócio “promissor”.
Sem conseguir devolver o dinheiro, o trio decidiu inventar o sequestro, não com o intuito de extorquir a família, mas para ganhar tempo enquanto buscavam uma solução alternativa para saldar a dívida.
A ideia, segundo relataram posteriormente, parecia ser uma forma de adiar o confronto com a credora.
Contudo, a operação revelou-se mal planeada e rapidamente começou a desmoronar. Um dos amigos foi designado para o papel de “espião”, mas acabou por ser ele próprio a ditar os meios de pagamento, levantando suspeitas imediatas junto da família.
Além disso, o cúmplice encarregado de telefonar para pedir o resgate usou a própria voz, facilmente reconhecida pelos familiares. Estes sinais comprometeram de imediato a credibilidade do sequestro, expondo o plano à descoberta.
O episódio evidencia como decisões precipitadas e mal articuladas podem transformar situações aparentemente simples em problemas graves, envolvendo autoridades e arriscando consequências legais sérias.
Ainda não há detalhes sobre medidas legais adoptadas, mas casos desta natureza normalmente implicam inquéritos por simulação de crime e tentativa de fraude, podendo levar os envolvidos a responder perante a justiça.
O incidente serve também como alerta sobre os riscos associados ao endividamento por jogos eletrónicos e à necessidade de transparência em relações familiares e financeiras, evitando que situações de desespero evoluam para crimes simulados.







