Um grupo de 22 jovens mulheres do distrito de Machanga, Sofala concluiu o curso de Fiscais de Floresta e Fauna Bravia, numa iniciativa que reforça o protagonismo feminino na proteção da biodiversidade no país.
A cerimónia de graduação, realizada no distrito, foi dirigida pelo Director-Geral Adjunto da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Severiano Khoy.
Khoy sublinhou que a formação das mulheres vai além do exercício profissional: representa um compromisso com a defesa dos ecossistemas e o fortalecimento da sustentabilidade ambiental. “Ser fiscal da biodiversidade é estar na linha da frente da proteção das florestas, rios, parques e reservas, com ética, coragem e responsabilidade”, disse.
O responsável acrescentou que, apesar de desafios como a pressão sobre os recursos naturais, mudanças climáticas e atividades ilegais, estas novas fiscais desempenham um papel estratégico na preservação ambiental, contribuindo para o equilíbrio entre conservação e desenvolvimento local.
O Administrador do distrito de Machanga, José Tomás Lopes, reforçou que capacitar mulheres nesta área promove não apenas a proteção da fauna bravia, mas também a igualdade de género, oferecendo oportunidades de liderança e protagonismo em setores historicamente dominados por homens.
Tiago Lidimba, Gestor do Projecto da Coutada Oficial n.º 5, destacou que os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, realizado durante três meses, são fundamentais para a implementação de programas de conservação resilientes e eficientes. “O compromisso, a coragem e a integridade que demonstram agora serão determinantes para o sucesso das nossas iniciativas de proteção da natureza”, afirmou.
O curso foi coordenado pela ANAC e promovido pela Akashinga – Moçambique, gestora da Coutada Oficial n.º 5, em parceria com a África Futura Wordlife Restoration, numa iniciativa que combina formação técnica com valores éticos, essenciais para a proteção da biodiversidade.
Khoy incentivou as graduadas a tornarem-se exemplos de liderança e referência para as comunidades locais, lembrando que cada ação de fiscalização contribui para a preservação dos ecossistemas e para o desenvolvimento sustentável.
O evento evidencia a importância de integrar mulheres nos programas de conservação, mostrando que a proteção ambiental pode ser simultaneamente uma oportunidade de empoderamento e de transformação social.
Com esta graduação, 22 mulheres passam a assumir responsabilidades críticas na defesa do património natural de Sofala, fortalecendo a presença feminina em áreas estratégicas da gestão ambiental e promovendo uma abordagem mais inclusiva e eficaz na conservação da biodiversidade.







