O lançamento oficial do Mungano Clube de Amigos do Parque Nacional de Maputo marcou um novo capítulo na aproximação entre a conservação ambiental e a participação cívica.
O acto teve lugar esta quinta-feira, no Museu da História Natural, na capital do país, e foi dirigido pelo Director Geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Pejul Calenga, em representação do Secretário de Estado da Terra e Ambiente, Gustavo Dgedge.
A iniciativa nasce com o objectivo de mobilizar instituições e particulares para uma intervenção mais activa na protecção dos ecossistemas e no impulso ao desenvolvimento das comunidades que convivem com a área de conservação.
O Mungano propõe-se a criar uma plataforma de sinergias por via de contribuições financeiras, técnicas e sociais dos seus membros, aprofundando o envolvimento público na gestão sustentável do Parque Nacional de Maputo.
A intenção é que este espaço de colaboração permita alinhar esforços e estimular projectos que reforcem a resiliência ambiental e económica das populações vizinhas, num momento em que o país intensifica a aposta na conservação como motor de desenvolvimento.
Na apresentação, Pejul Calenga sublinhou que o clube deverá servir de ponto de encontro entre o Parque e os seus parceiros, aproximando o trabalho de preservação da sociedade e, em particular, do sector privado.
A abertura às empresas representa, segundo o dirigente, uma oportunidade para gerar emprego, promover a educação ambiental e consolidar práticas de turismo sustentável capazes de valorizar o património natural enquanto fonte de rendimento.
A iniciativa coloca ainda em destaque a importância da coexistência pacífica entre as comunidades humanas e a fauna bravia que caracteriza o Parque Nacional de Maputo. Com áreas de ocupação humana dentro e nos arredores da reserva, a mitigação de conflitos com animais selvagens é vista como prioridade, razão pela qual o Mungano pretende dinamizar programas que reforcem a segurança das famílias e protejam a biodiversidade local.
O evento contou com uma expressiva participação institucional, evidenciando o interesse crescente por abordagens colaborativas na conservação da natureza. Entre os presentes estiveram representantes da Embaixada da República Federal da Alemanha, UNESCO, Peace Parks Foundation e diversas entidades do sector financeiro, incluindo os bancos ABSA, Millennium BIM, BCI e Dalima. Marcaram igualmente presença actores ligados à gestão do Parque Nacional de Maputo e quadros séniores da ANAC.
A diversidade de participantes demonstrou a amplitude de parcerias que o Mungano ambiciona consolidar, numa lógica de corresponsabilização pela preservação de um dos mais emblemáticos espaços naturais do país. O envolvimento destas instituições é interpretado como sinal de confiança na visão proposta e na capacidade de a iniciativa gerar impactos concretos nas comunidades e no ambiente.
O Parque Nacional de Maputo, reconhecido pela riqueza da sua fauna e pelas paisagens que combinam florestas, zonas húmidas e faixas costeiras, enfrenta desafios que exigem respostas articuladas.








