A Vila da Manhiça foi palco, na manhã de 7 de Dezembro, de um acidente mortal que ceifou a vida de todos os ocupantes de um minibús do tipo Quantum, após colisão com um machibombo da CITY LINK.
O episódio, além do luto imediato, reacende preocupações sobre a eficácia das políticas de segurança rodoviária em Moçambique.
Fontes da Associação Rede dos Direitos Humanos (ARDH) sublinham que a ocorrência evidencia lacunas significativas na fiscalização do transporte público, na manutenção de veículos e nas condições das vias, elementos que contribuem para a vulnerabilidade de passageiros e peões.
Especialistas apontam que acidentes desta natureza não podem ser encarados como meros infortúnios, mas sim como sinais de sistemas de transporte público deficitários e da necessidade de intervenção institucional urgente.
A ARDH defende uma abordagem integrada, que inclua cumprimento rigoroso do Código da Estrada, manutenção periódica dos veículos, utilização obrigatória de dispositivos de segurança e fiscalização contínua por parte das autoridades competentes. Estes factores, afirmam, são cruciais para reduzir a mortalidade nas estradas.
A educação rodoviária surge como elemento central na prevenção de acidentes. Para a associação, campanhas sistemáticas de formação de condutores e peões são determinantes para consolidar hábitos de condução seguros e fortalecer a consciência cívica, sobretudo em zonas de elevado tráfego de transportes públicos.
A entidade apelou ainda à responsabilização plena de todos os intervenientes no acidente, exigindo que as investigações sejam conduzidas de forma transparente e rigorosa, garantindo que episódios semelhantes possam ser evitados no futuro. A ARDH sublinha que tragédias como a da Manhiça são evitáveis quando há supervisão, disciplina e compromisso com a vida humana.
O luto das famílias enlutadas reforça a urgência de medidas estruturadas para assegurar transporte seguro e digno.
A ARDH destaca que a segurança rodoviária deve ser prioridade nacional, envolvendo não apenas as autoridades, mas toda a sociedade, na construção de um sistema que preserve vidas e proteja direitos fundamentais.







