O Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, encontra-se em Portugal para participar na VI Cimeira Bilateral Portugal–Moçambique, que assinala o regresso do diálogo político ao mais alto nível após três anos de interrupção. A visita oficial, centrada na cidade do Porto, iniciou-se no domingo (07) e é considerada pelo Governo moçambicano como um momento “histórico” do primeiro mandato do Chefe do Estado .
Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria dos Santos Lucas, a realização da cimeira surge depois da última edição, ocorrida em 2022, marcando a primeira do mandato de Chapo. A agenda abriu com um jantar de trabalho entre o Presidente moçambicano e o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, seguindo-se encontros com o sector privado de ambos os países .
O ponto central da programação decorre no dia 9, com conversações formais, visitas institucionais e reuniões técnicas. O Chefe de Estado irá ainda receber a chave da cidade do Porto e visitar a Câmara dos Deputados, enquanto os ministros moçambicanos mantêm encontros bilaterais com as suas contrapartes portuguesas para preparar os acordos a serem firmados .
Entre os temas em destaque está a avaliação do Programa Estratégico de Cooperação 2022–2026 e o lançamento das bases para o próximo ciclo de cooperação, previsto para 2027. A ministra sublinhou que a relação entre Moçambique e Portugal é “histórica, especial e estratégica” e que se pretende reforçar a transição da ajuda ao desenvolvimento para modelos de investimento, comércio e dinamização empresarial. O fórum de negócios associado à Cimeira reúne cerca de 500 empresários .
A agenda inclui igualmente um encontro do Presidente Chapo com a comunidade moçambicana residente em Portugal, com particular enfoque nos estudantes da região do Porto, para um momento de diálogo directo sobre questões académicas e sociais .
No plano bilateral, deverá ser assinado um conjunto alargado de cerca de 21 acordos sectoriais, abrangendo educação, saúde, agricultura, energia, comunicações, transformação digital e infraestruturas. Moçambique aproveitará ainda a ocasião para agradecer o apoio português em áreas críticas, incluindo a resposta às mudanças climáticas, a defesa, a segurança e o combate ao terrorismo .







