As autoridades sírias anunciaram esta quarta feira a detenção de Taha al Zubi, apontado como líder do Estado Islâmico na província de Damasco, no quadro de uma operação de segurança conduzida em coordenação com a Coligação Internacional de combate à organização extremista.
A informação foi confirmada pelo chefe das Forças de Segurança Interna na região de Damasco, Ahmed al Dalati, em declarações prestadas à agência noticiosa estatal síria SANA, que classificou a operação como um êxito relevante no esforço de contenção do terrorismo.
Segundo Dalati, a acção culminou com a captura de Taha al Zubi, conhecido no seio da organização pelo nome de guerra Abu Omar Tabia, bem como de vários indivíduos identificados como seus colaboradores directos.
No decurso da intervenção, as forças de segurança apreenderam um cinto explosivo e uma arma militar, materiais que, de acordo com as autoridades, confirmam o elevado grau de perigosidade do grupo agora desmantelado.
A detenção ocorreu na localidade de Muadamiyat, nos arredores de Damasco, após uma operação descrita como precisa e baseada em informação de inteligência recolhida ao longo de um período prolongado de vigilância.
O responsável das forças de segurança sublinhou que a operação foi direccionada contra um esconderijo específico do Estado Islâmico, identificado após um intenso acompanhamento dos movimentos e contactos do grupo.
Para Ahmed al Dalati, a captura de Al Zubi representa um duro golpe para a estrutura do Estado Islâmico na capital síria e evidencia a capacidade operacional das forças nacionais de segurança.
O general considerou ainda que a acção confirma o elevado nível de preparação das autoridades sírias para responder a qualquer ameaça que ponha em causa a estabilidade da província de Damasco e das zonas circundantes.
Num discurso de tom firme, Dalati deixou uma mensagem clara aos simpatizantes e apoiantes do grupo extremista, advertindo que nenhuma actividade terrorista ficará impune no território sírio.
Segundo afirmou, todos aqueles que se envolvam directa ou indirectamente em acções terroristas serão responsabilizados, independentemente do local onde se encontrem.
O responsável reiterou que a segurança da Síria constitui uma linha vermelha para o Estado e que as autoridades continuarão a actuar com rigor até à erradicação total dos remanescentes do terrorismo.
A detenção de Taha al Zubi surge num contexto de renovada pressão militar e de segurança contra células do Estado Islâmico ainda activas em várias regiões do país.
Nos últimos meses, as autoridades sírias têm intensificado operações de rastreio e neutralização de redes clandestinas do grupo, com particular incidência em zonas urbanas sensíveis.
Em paralelo, a Coligação Internacional liderada pelos Estados Unidos tem realizado ataques aéreos contra posições consideradas estratégicas do Estado Islâmico no leste da Síria.
Na última sexta feira, bombardeamentos da coligação atingiram alvos em Deir Ezzor, provocando a morte de pelo menos cinco pessoas, segundo informações divulgadas por fontes locais.
Os ataques foram justificados como uma resposta directa à morte de três cidadãos norte americanos, entre os quais dois militares e um civil.
Essas mortes ocorreram no dia 13 de Dezembro, na sequência de uma acção atribuída a um alegado membro do Estado Islâmico na região de Palmira.
Washington tem reafirmado que manterá operações militares selectivas na Síria sempre que considerar que os seus interesses ou os seus cidadãos estejam sob ameaça.
Por sua vez, as autoridades sírias insistem que a cooperação internacional no combate ao terrorismo deve respeitar a soberania do país.
Analistas regionais consideram que a detenção de líderes locais do Estado Islâmico constitui um elemento crucial para enfraquecer a capacidade de reorganização do grupo.
Apesar das derrotas sofridas nos últimos anos, o Estado Islâmico continua a ser visto como uma ameaça persistente, capaz de explorar fragilidades de segurança.
A situação na Síria permanece marcada por um equilíbrio delicado entre operações militares, acções de inteligência e esforços diplomáticos.
A captura de Taha al Zubi é apresentada por Damasco como um sinal de que o aparelho de segurança mantém controlo efectivo sobre a capital.
Resta agora saber se esta operação terá impacto duradouro na redução das actividades extremistas na região.
Para já, as autoridades sírias reafirmam que a luta contra o terrorismo continuará a ser uma prioridade absoluta da agenda nacional.







