Após a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo ter formulado no passado dia 04 do mês em curso,em Maputo, um pedido em nome do Governo de Moçambique para que o corpo diplomático acreditado em Moçambique ajudasse a repor a ordem e tranquilidade públicas, eis que passadas duas semanas não houve qualquer resposta favorável e, desde então as manifestações populares em contestação dos resultados preliminares das eleições gerais no último 09 de Outubro, tendem a subir de tom e a ganhar mais força pouco por todo país.
Aquando da divulgação dos resultados eleitorais de outubro pela CNE, a onda de contestações e repúdio destes resultados forçaram o governo a buscar nos parceiros de cooperação ajuda, enquanto isso, há por parte de diversos actores sociais pouca confiança nos órgãos competentes para dirimir os litígios eleitorais.
“Pedimos aos nossos parceiros de cooperação, como amigos de Moçambique e dos moçambicanos, para nos ajudar no restabelecimento da calma, serenidade e estabilidade. Para nós, esta situação não é um problema de partidos. É um problema garantir que os cidadãos se conformem com a legalidade, usando os órgãos competentes para dirimir os litígios”, disse a ministra.
Durante a reunião, além de ter explicado de forma detalhada as fases de todo o processo eleitoral, desde o recenseamento até a validação dos resultados, Verónica Macamo fez questão de apresentar os dados que cada candidato e partido amealhou nas eleições.
Verónica Macamo aconselha aos cidadãos moçambicanos a não aderir às manifestações violentas e aguardar pacientemente pela validação dos resultados eleitorais.
“Preocupa-nos a destruição de infra-estruturas públicas e privadas, a pilhagem do património alheio que resulta na desgraça e no maior empobrecimento das pessoas de baixa renda e que destrói o que foi duramente conquistado pelos moçambicanos e desencoraja os investidores de que tanto precisamos para criar mais empregos, sobretudo para os mais jovens e aumentar a renda”, afirmou.
A governante manifestou a sua indignação pelo facto de durante as manifestações os partidos usarem cidadãos, parte dos quais adolescentes, para praticarem actos criminais, que ofendem as normas legais e os bons costumes dos moçambicanos.
“Em Moçambique, quando temos problemas não nos agredimos, não destruímos o que construímos com o nosso suor. Não pilhamos bens alheios. Sentamos à mesa para dialogar”, sublinhou.