Moçambique assume oficialmente a partir desta terça-feira (15) de julho a presidência da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante a 14ª sessão do órgão que decorre na capital moçambicana.
Esta acçãoconstitui um marco para o país ao ocupar esta posição de liderança desde a criação da assembleia parlamentar da CPLP em novembro de 2007, substituindo a Guiné Equatorial no comando dos trabalhos.
A presidente do Parlamento da Guiné Equatorial, Teresa Efua Asangono, que transferiu o cargo para Moçambique, destacou o significado histórico da mudança. “Este momento marca sem dúvida um progresso no cumprimento das nossas responsabilidades estatutárias como membros da CPLP”, afirmou durante a sessão.
Em seu discurso, Asangono enfatizou a importância da democracia para o desenvolvimento regional: “Existe uma ligação fundamental entre democracia e paz. A democracia é garantia de estabilidade, pois só através dela podemos alcançar o desenvolvimento pleno e o respeito pelos direitos humanos”.
O evento reúne mais de 100 delegados, incluindo presidentes de parlamentos dos nove Estados-membros da organização. Os trabalhos começaram ontem (14) de julho e terminam nesta terça-feira, com a formalização da transferência de presidência.
A nova liderança moçambicana na assembleia parlamentar ocorre num momento estratégico para a organização, que busca fortalecer a cooperação entre os países lusófonos em áreas como governação democrática, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável.
Analistas apontam que esta presidência representa uma oportunidade para Moçambique ampliar seu papel na comunidade lusófona, particularmente no reforço dos mecanismos de diálogo parlamentar e na promoção dos valores democráticos.
A sessão em Maputo incluiu debates sobre o reforço da cooperação interparlamentar e a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no espaço da CPLP.
Com esta mudança na liderança, Moçambique assume a responsabilidade de conduzir os trabalhos da assembleia parlamentar pelos próximos dois anos, período em que organizará as principais reuniões do órgão.