O Ministério da Saúde confirmou, neste domingo, o primeiro caso de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) na Província de Maputo, marcando oficialmente a entrada da doença no sul do país. O caso foi diagnosticado num cidadão residente no município da Matola e encontra-se actualmente em isolamento, sob acompanhamento clínico.
Este novo registo levanta preocupações quanto à propagação da doença, que até agora se encontrava limitada, maioritariamente, a zonas do norte de Moçambique. Recentemente, o distrito de Mavago, na província do Niassa, recebeu um reforço de material médico-cirúrgico para combater a doença, especialmente após a sua incidência em algumas regiões do distrito do Lago.
O lote, oferecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), inclui tendas, botas, luvas e pulverizadores, destinados a melhorar a capacidade de resposta das unidades sanitárias locais em caso de novos surtos. José Namalela, chefe do Centro de Saúde de Mavago, apelou à população para reforçar as medidas de prevenção, como o uso de máscaras, a lavagem frequente das mãos com água e sabão, e a não partilha de objectos pessoais com indivíduos infectados.
Segundo dados do Ministério da Saúde, Moçambique já registou um total cumulativo de 47 casos de mpox desde o início do surto no país. Com o aparecimento do primeiro caso no sul, as autoridades reforçam o apelo à vigilância e prevenção comunitária, alertando que a doença pode espalhar-se rapidamente se não forem respeitadas as medidas básicas de higiene e isolamento.
Especialistas de saúde pública sublinham a importância de informar a população sobre os sintomas da doença — que incluem febre, dores no corpo e erupções cutâneas — e encorajam todos os cidadãos a procurarem atendimento médico ao menor sinal de suspeita.