O Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, defendeu hoje, na abertura da 3.ª Conferência da Biodiversidade Marinha, a necessidade de proteger e gerir de forma sustentável os ecossistemas marinhos e costeiros, transformando-os em oportunidades de desenvolvimento para as comunidades.
No discurso proferido na cidade da Beira, o Chefe de Estado destacou que Moçambique é uma nação oceânica com um vasto património natural que deve ser preservado para as gerações presentes e futuras. Sublinhou ainda que a realização da conferência testemunha o compromisso do Governo na promoção da economia azul inclusiva, com foco na criação de emprego para jovens e mulheres, e no combate à pesca ilegal.
Chapo enalteceu a parceria entre o Governo, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Wildlife Conservation Society (WCS), sublinhando que a conjugação de esforços entre instituições públicas, sociedade civil, parceiros internacionais e comunidades locais é essencial para transformar políticas ambientais em resultados concretos.
A escolha da Beira e, em particular, do projeto Chiveve como palco da conferência foi considerada simbólica pelo Presidente, por representar um exemplo de soluções baseadas na natureza que contribuem para reduzir riscos de cheias, criar espaços públicos de qualidade e dinamizar a economia local.
O estadista reafirmou o alinhamento de Moçambique com compromissos internacionais como o Quadro Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal, que prevê conservar 30% das áreas terrestres e marinhas até 2030, a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Agenda 2030 das Nações Unidas.
Durante a sua intervenção, Chapo defendeu ainda a importância da educação ambiental, combinando conhecimento científico com o saber tradicional das comunidades costeiras, e apelou ao reforço da cooperação nacional e internacional. “Proteger a biodiversidade é garantir um património essencial para as gerações presentes e futuras”, afirmou, declarando oficialmente aberta a conferência.







