A Presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Celma Meque, reafirmou esta segunda-feira, em Guijá, Província de Gaza, o compromisso do Governo em fortalecer a capacidade de resiliência das comunidades moçambicanas, defendendo que o país deve investir mais em prevenção do que em resposta aos desastres.
Falando durante as celebrações do Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, sob o lema “Financiar a Resiliência, Não os Desastres”, Meque destacou a necessidade de uma mobilização integrada de recursos para projectos que reduzam a vulnerabilidade das populações e preparem o país para enfrentar com eficiência a próxima época chuvosa e ciclónica 2025-2026.
A dirigente enfatizou que a construção da resiliência comunitária deve ser vista como um pilar do desenvolvimento sustentável, capaz de transformar realidades locais e reduzir as perdas humanas e materiais provocadas por eventos extremos. “Investir em resiliência é investir na vida e no futuro”, sublinhou, ao presidir à entrega de uma estufa agrícola e de um reservatório de água no povoado de Malemane, iniciativas que pretendem mitigar os impactos recorrentes da seca em Gaza.
Durante o evento, realizado na Escola Secundária de Tomanine, Meque chamou atenção para a necessidade de um envolvimento activo da juventude e das escolas na promoção de uma cultura de prevenção e adaptação climática. Segundo a presidente do INGD, “a educação e a participação comunitária são a base da resiliência”, destacando o papel transformador do conhecimento na gestão local dos riscos.
A responsável revelou ainda que o Governo está na fase final de elaboração do Plano Anual de Contingência, instrumento essencial para coordenar respostas multissectoriais e antecipar cenários de risco. O documento deverá reforçar a capacidade de acção preventiva, sobretudo em regiões historicamente vulneráveis a inundações e ciclones.
O evento contou com a presença de representantes de diversos sectores governamentais e parceiros de cooperação, entre os quais o Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, o Instituto Nacional de Meteorologia, o Programa Mundial para a Alimentação e o UN-Habitat, entre outras instituições envolvidas na agenda climática nacional.
Ao encerrar a cerimónia, Luísa Meque reforçou o apelo à união de esforços, lembrando que “a gestão de desastres começa antes da emergência” e que o futuro de Moçambique depende da capacidade colectiva de planear, prevenir e resistir.