O presidente do Conselho Europeu, António Costa, manifestou a intenção de “reforçar e enriquecer” a cooperação entre a União Europeia (UE) e a União Africana (UA), sublinhando que a evolução conjunta dos dois blocos é essencial num contexto global cada vez mais complexo.
As declarações foram feitas à agência Lusa, na véspera da cimeira UE-UA, marcada para segunda e terça-feira, em Luanda.
António Costa destacou que a parceria entre as duas regiões deve assentar no fortalecimento de ligações históricas e no aprofundamento das áreas de complementaridade. “A parceria UE-UA tem um objetivo claro: reforçar e enriquecer esta cooperação. Tornar a nossa ligação natural ainda mais forte e aumentar as complementaridades entre nós e superar as nossas diferenças para que possamos crescer juntos e proteger-nos mutuamente”, afirmou.
Para o líder europeu, a prosperidade e a segurança da Europa e de África são realidades intrinsecamente ligadas. Por isso, considera que a aproximação estratégica entre ambas as regiões não é apenas desejável, mas necessária. “A prosperidade e a segurança da Europa e de África estão interligadas”, frisou.
António Costa observou ainda que os principais desafios globais exigem respostas conjuntas e coordenadas, sobretudo numa era marcada por mudanças rápidas e por riscos transfronteiriços. “Os desafios que enfrentamos hoje alterações climáticas, transformação digital, migração, segurança não conhecem fronteiras”, sublinhou.
Diante desse cenário, o responsável defendeu que o caminho adequado é uma atuação concertada, que una diferentes actores internacionais na busca de soluções sustentáveis. “A resposta a este mundo multipolar deve ser a cooperação multipolar”, acrescentou.
A cimeira em Luanda deverá abordar temas como investimento, paz e segurança, transições energética e digital, bem como mecanismos de financiamento para o desenvolvimento. Espera-se que o encontro sirva de impulso para novas iniciativas conjuntas entre a UE e a UA.
Com a expectativa de decisões estratégicas, a reunião torna-se um momento crucial para redefinir prioridades partilhadas e reforçar a visão conjunta de um futuro mais estável e próspero para ambos os continentes.







