O embaixador da Rússia em Moçambique, Alexander Surikov, de 68 anos, foi encontrado no sábado, 11 de Maio, sem vida na sua residência oficial. A Polícia local (PRM), diz no entanto que as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo do diplomata.
Segundo uma informação da Polícia da República de Moçambique (PRM), a “presunção”” da investigação é de “morte súbita por causas indeterminadas”, contudo, quando o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo “constatou que o corpo já tinha sido acondicionado” sem o seu prévio conhecimento.
“E por orientações vindas da Rússia, as quais chegaram à equipa técnica do piquete através do cônsul daquela Federação, o senhor Yuri Doroshenkov, o qual esteve presente na morgue acompanhado com o encarregado de segurança da embaixada, foi orientado a não fazer qualquer (…) exame do corpo e muito menos autópsia”, refere-se na informação.
“Porém, a equipa técnica colheu fotografias do corpo do finado estando na gaveta, foram feitas fotografias à residência do mesmo e colheu-se o depoimento do cônsul”, acrescentou.
Numa das poucas declarações à comunicação social, o embaixador Surikov tinha transmitido, a 02 de fevereiro passado, a disponibilidade de Moscovo para apoiar Maputo no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, em caso de uma solicitação, assinalando, contudo, que o apoio que o país está a receber é suficiente.