O Governo norte-americano, presidido por Donald Trump, anunciou, na noite de ontem, 01 de Julho, o fim das operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), instituição criada em 1961 e por seis décadas considerada a maior distribuidora de ajuda humanitária em todo mundo.
O encerramento faz parte da política de contenção da administração federal e foi um dos principais alvos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Elon Musk, que procurou eliminar o “desperdício” de despesas públicas.
O secretário de Estado, Marco Rubio, diz em comunicado citado pela imprensa internacional que a USAID não cumpriu os seus objetivos desde o fim da Guerra Fria, além de ter criado uma rede de organizações não-governamentais (ONG) que viveram “à custa dos contribuintes americanos”.
“Esta era de ineficiência chegou oficialmente ao fim. Sob a administração Trump, finalmente teremos uma ajuda externa que prioriza os nossos interesses nacionais”, vincou.
Rubio foi contundente ao afirmar que os cidadãos norte-americanos “não devem pagar impostos para financiar governos falidos em países distantes” e prometeu que, a partir de agora, “a ajuda será direcionada e limitada no tempo”.
Durante o processo de encerramento, foi anunciado que, dos cerca de 10 mil funcionários e contratados da agência em Washington e dos seus escritórios em todo o mundo, apenas 294 permaneceriam para manter as operações mínimas.
O fim da USAID continua sendo bastante criticado por especialistas em ajuda humanitária e organizações internacionais, que alertam que o seu desaparecimento deixa uma enorme lacuna nos programas de saúde, educação e resposta a crises humanitárias em várias partes do mundo.