Durante a primeira sessão extraordinária da comissão executiva do recém-criado partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA), o presidente Venâncio Mondlane declarou a intenção de levar a nova formação política a participar activamente no diálogo político inclusivo. Para Mondlane, este é o momento de romper com as práticas tradicionais e estabelecer novas bases para o funcionamento do sistema político moçambicano.
Mondlane frisou que o partido não pretende ser um mero figurante no processo, mas sim um actor central com propostas concretas. Ele recordou que essa posição já foi comunicada directamente ao Presidente da República, Daniel Chapo, em dois encontros anteriores, e reafirmou o compromisso do ANAMOLA com uma intervenção política responsável e transformadora.
Entre as prioridades defendidas por Mondlane está a necessidade de uma reforma fiscal profunda, a revisão das leis e regulamentos que regem a vida política e social do país, bem como a elaboração de uma nova Constituição que reflita os desafios actuais. O líder partidário também propõe a introdução de um novo modelo eleitoral, mais transparente e acessível.
Uma das propostas mais relevantes apresentadas é a implementação de um sistema digital para apuramento parcial dos resultados eleitorais em tempo real. De acordo com Mondlane, a medida reduziria significativamente os custos e ajudaria a prevenir tensões e conflitos após as eleições.
A sessão contou com a presença de membros da comissão executiva e outros convidados, e marcou um passo importante na organização interna do partido, que se posiciona como uma alternativa de mudança no panorama político nacional.