É o que o acadêmico, Lourenço do Rosário referiu numa entrevista concedida recentemente ao Jornal Domingo. Para si “o candidato da Frelimo às sétimas eleições presidenciais vai ganhar de forma retumbante, assim como este partido vai conquistar a maioria dos assentos no parlamento em virtude de a RENAMO e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) ainda estarem a discutir a sucessão na liderança”, declarou do Rosário. No seu entender a RENAMO e o MDM não estão suficientemente preparados para desalojar a Frelimo do poder.
“Nós verificamos que a RENAMO, neste momento, está agitada. Em vez de se organizar para eleições está a tentar arrumar a sua casa e vai fazer barulho nas vésperas. O MDM em termos nacionais está praticamente desaparecido, provavelmente não vai ter nenhum deputado na próxima legislatura” disse fundamentando.
No entendimento de Lourenço do Rosário, o MDM é um partido que não se faz sentir nos momentos cruciais e não dispõe de representação suficientemente forte em todo o país para se impor nos próximos pleitos eleitorais.
“É verdade que ganhou e bem a autarquia da Beira nas últimas eleições autárquicas, mas em termos nacionais, não sentimos de forma nenhuma o seu papel tal como acontecia na liderança do falecido Daviz Simango”, declarou.
Do Rosário refere ainda que o MDM carece de uma figura carismática que possa ombrear com “os colossos” do partido Frelimo, e tal como a Renamo devia mexer-se no sentido de mostrar que já iniciaram a sua preparação através da adopção de estratégias para evitar a fraude e indicar figuras carismáticas que possam conquistar a simpatia do eleitorado, pois no lugar disso, estes partidos estão a “discutir e a lavar roupa suja em público.
Diferentemente do que acontece na oposição, ele afirma que a FRELIMO tem uma forma inteligente de gerir os seus problemas, que “durante o barulho das eleições autárquicas, algumas figuras criticaram, mas agora estão todos calados, mas isso não significa que os problemas estão resolvidos. É um partido com outra experiência”.