A gestão e preservação da faixa costeira da cidade de Maputo passam a contar com uma abordagem integrada, na sequência da assinatura de um memorando de entendimento entre o Conselho Municipal de Maputo, o Porto de Maputo e a Cooperativa de Educação Ambiental Repensar.
O acordo, rubricado nesta quarta-feira 17 de Dezembro, estabelece um quadro de cooperação orientado para a educação ambiental, a sensibilização das comunidades e a melhoria da gestão dos resíduos sólidos produzidos ao longo das praias da capital, num contexto de crescente pressão humana sobre o litoral.
Para o Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, a iniciativa traduz-se num passo prático na consolidação das políticas municipais de sustentabilidade, alinhadas com a necessidade de proteger os ecossistemas costeiros e garantir melhor qualidade de vida aos munícipes.
O edil destacou que a orla marítima desempenha um papel central no ordenamento urbano da cidade, sendo simultaneamente um espaço ambientalmente sensível, de lazer público e de relevância económica, sobretudo para o turismo.
Do lado do Porto de Maputo, o Director Executivo, Osório Lucas, reafirmou o compromisso da instituição com a responsabilidade social e ambiental, sublinhando que o crescimento das actividades portuárias deve ser acompanhado por acções que minimizem impactos negativos sobre o meio ambiente.
Segundo Osório Lucas, o envolvimento do Porto neste tipo de iniciativas reflecte a convicção de que o desenvolvimento económico só é sustentável quando caminha em equilíbrio com a conservação dos recursos naturais.
Já o Director Executivo da Cooperativa de Educação Ambiental Repensar, Carlos Serra, defendeu que a educação ambiental constitui um instrumento essencial para promover mudanças duradouras de comportamento entre os utilizadores das praias.
Na sua perspectiva, a limpeza e conservação da faixa costeira não dependem apenas de acções pontuais, mas sobretudo da criação de uma consciência colectiva sobre o uso responsável dos espaços públicos e a protecção do ambiente marinho.
Com a implementação do memorando, as entidades parceiras esperam reduzir os níveis de poluição costeira, reforçar a cidadania ambiental e valorizar a costa de Maputo como património natural e social, contribuindo para uma cidade mais resiliente e ambientalmente responsável.








