A província de Manica instaurou sete processos contra exploradoras mineiras que, nas suas actividades cometeram crimes de natureza ambiental e causaram consequentemente um desastre no sector. Esta informação foi avançada hoje, 30 de Setembro em Chimoio, por Cláudia José, em representação da procuradora provincial durante o evento de apresentação de um estudo sobre poluição ambiental na indústria extractiva na província, realizado pelo Centro de Integridade Pública (CIP).
Na sua intervenção, o governo referiu que foram levantados três processos-crime de poluição dos rios, dois de introdução de substâncias tóxicas nos rios e mais dois que versão sobre a deslocação forçada da comunidade.
Outros crimes identificados foram a extracção ilegal dos recursos minerais, desflorestação massiva, exploração da mão-de-obra infantil, corrupção e fuga ao fisco e disseminação de enfermidades.
Entretanto, o representante do Secretário de Estado na província notou que a poluição não decorre somente da actividade mineira ali praticada, mas também pela exploração nos países vizinhos, onde os detritos chegam ao território nacional por conta da corrente das águas dos rios.
“… não só a poluição é feita na nossa província, mas também temos alguns rios que nascem fora da nossa província, como a vizinha república do Zimbabué, e a partir de lá recebemos alguns problemas de poluição” referiu.
O governante frisou ainda a necessidade de se desenvolverem trabalhos conjuntos a nível provincial e outras entidades estrangeiras para juntos encontrarem soluções visando a resolução dos problemas de poluição.