A persistência de tudo ser decidido ao nível de Maputo, capital moçambicana, pode criar um atraso na tomada de decisões estruturantes para salvar os ecossistemas e às populações da província de Manica onde a exploração desenfreada de ouro e de forma inimiga do ambiente é prevalente naquela região do País, no centro de Moçambique. Quem assim entende é Edson Cortez, Director do Centro de Integridade Pública (CIP) em Moçambique, que orientou na manhã desta Terça-feira, 30 de Setembro de 2025, a divulgação de pesquisa de poluição dos rios e da Barragem de Chicamba na província de Manica.
Há uma corrida desenfreada de mineração e nós em algum tempo fazíamos o alerta sobre a existência de muitas figuras da elite moçambicana envolvidas na mineração, porque é um sector totalmente, desregulada, sem nenhuma fiscalização provocando assim elevados índices de poluição, os nossos resultados de pesquisas revelam nível preocupante poluição das águas com mercúrio e arsénio nos rios e na albufeira de Chicamba, isso põem em causa a saúde pública, que ao longo e médio prazo na província de Manica poderá haver problemas”.
Edson Cortez explicou que “o país não deve ficar refém de cartéis que estão matando os moçambicanos e esse tal gângster estão no partido que governa o país, no entanto, ou eles purificam as fileiras, ou vamos pensar que não estão interessados em Moçambique e se a elite de Manica pensa que o problema está afectar apenas as comunidades um dia vão ser também surpreendidos pelo problema”, afiançou Cortez.
Durante a apresentação do estudo sobre a poluição dos rios e da barragem de Chicamba estiveram presentes membros do governo, autoridades judiciárias, algumas empresas maneiras e a sociedade civil.