O Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Mito Albino, defendeu esta terça feira, 17, que o combate à insegurança alimentar em Moçambique passa necessariamente por uma produção efectiva no campo, afastando a ideia de que soluções sustentáveis possam ser alcançadas apenas através de decisões tomadas ao nível dos gabinetes.
O posicionamento foi expresso durante a IV Sessão do Comité Nacional de Coordenação do PROCAVA, encontro que reuniu instituições do sector agrário e parceiros de cooperação, num momento em que o país enfrenta desafios estruturais ligados à produtividade agrícola e ao rendimento das famílias rurais.
“O nosso objectivo principal é alimentar Moçambique. E isso não se faz no gabinete, faz-se no campo, com os produtores a produzir”, afirmou o governante, sublinhando a necessidade de uma abordagem mais prática e próxima da realidade vivida pelos agricultores.
Na sua intervenção, Roberto Mito Albino destacou que a concretização deste objectivo depende de três pilares essenciais que devem chegar directamente aos produtores, tanto do sector familiar como do empresarial, começando pela assistência técnica qualificada, assente em técnicos capacitados e com presença efectiva no terreno.
O segundo pilar apontado pelo Ministro é o acesso a insumos de qualidade, com destaque para sementes melhoradas, material genético animal, embriões e sémen para inseminação artificial, bem como pintos de qualidade para o fortalecimento da cadeia de valor avícola, considerados fundamentais para uma produção sustentável e competitiva.
O terceiro elemento considerado decisivo é o financiamento orientado para resultados, defendendo uma ruptura com práticas excessivamente burocráticas e uma maior eficiência na aplicação dos recursos. “O nosso teatro de operações é no campo. É lá onde os resultados devem acontecer”, reforçou.
O governante apelou ainda para que todas as intervenções do sector agrário sejam avaliadas com base no seu impacto directo na vida das famílias rurais, defendendo maior rigor na execução dos projectos e melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, de modo a assegurar ganhos reais na produção agrícola e no rendimento das populações.







